Um homem que vendia grandes quantidades de cocaína e fornecia a droga na cor rosa foi preso nessa quinta-feira, 19, na Operação Senior, deflagrada pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil do Distrito Federal. A ação ocorreu durante monitoramento presencial do investigado, 54 anos, depois da equipe registrá-lo fazendo algumas entregas. Ao ser abordado dentro de um veículo, no Núcleo Bandeirantes, o traficante foi flagrado com um revólver calibre 38 municiado, 200 pinos de cocaína, uma faca, e outros objetos.
De acordo com as investigações, que ocorrem desde junho, o suspeito comercializava os entorpecentes em áreas nobres da capital federal, como a Esplanada dos Ministérios, e tinha como diferencial para a clientela, uma substância que tem sido chamada pelos investigadores de cocaína rosa. O produto foi identificado como um alucinógeno poderoso e muito caro. “Trata-se de uma substância rara, forte e que causa ataques de pânico e ansiedade. É a primeira vez que identificamos essa substância no DF e vamos continuar a investigação para saber da origem dela e para conseguir impedir que essa nova variedade circule na capital federal”, afirmou o delegado Rogério Henrique Rezende Oliveira, da Cord.
O homem também tinha em seu poder R$ 9 mil. Com o flagrante, ele foi conduzido pela polícia para sua residência, por meio de mandado de busca e apreensão. Na casa de alto padrão, em Arniqueira, os agentes encontraram mais 1.500 pinos, 500 gramas da cocaína rosa. Além disso, foram encontrados dois automóveis, uma motocicleta, 70 euros, 33 dólares, mil pesos argentinos, diversos relógios, joias, entre outros objetos. Na casa, havia um livro de contabilidade e uma máquina para pagamento com cartões.
O investigado seria responsável pelo tráfico em larga escala e possui duas casas vinculadas em seu nome, a de Arniqueira e outra na Candangolândia, que foram alvos de mandados representados pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Pornografia infantil
Em Brazlândia, um jovem de 17 anos foi apreendido, suspeito de envolvimento em crimes de pornografia infanto-juvenil. Foi a segunda fase da operação Mensagens Violadas, deflagrada ontem, após autorização judicial de mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. Policiais da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil do Distrito Federal (DRCC/PCDF), investigam a ação do adolescente em manipular imagens para criar nudes falsos de mulheres.
Durante as buscas, a equipe da DRCC também encontrou materiais relacionados à pedofilia infantil armazenados no celular do jovem. Pela situação, o rapaz foi apreendido pelo fato análogo ao delito de armazenamento de imagens e vídeos de exploração sexual infantil. No interior da residência, foram confiscados equipamentos eletrônicos que estariam sendo utilizados na prática das condutas criminosas.
Segundo o delegado à frente do caso, Dário Freitas, o suspeito chegou a afirmar que tinha um aplicativo em que era possível a manipulação e edição de imagens de mulheres. “Ele pegava essas imagens e deixava essas mulheres em situação de nudez”, afirmou o delegado. “A edição de imagens nessa situação é tida como conduta criminosa, e o compartilhamento das mesmas, sem o consentimento da vítima, é recriminada pelo código penal, cujo crime pode chegar até a 5 anos de prisão”, ressaltou Dário. A investigação na DRCC analisará o material apreendido para identificar se existem mulheres que pertencem ao círculo social do adolescente, como colegas de escola, da rua ou adolescentes que já se relacionaram com ele.
Com a colaboração de Pedro Marra
*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira