O Governo do Distrito Federal (GDF) continuará ampliando a sua malha viária de ciclovias e planeja licitar, ainda este ano, mais de 130 Km de novas pistas. No momento, existem 586,5 Km de ciclovias no DF, o que o coloca como segunda unidade da federação com maior extensão em pistas seguras para ciclistas.
O governo aspira ampliar a malha viária e integrar as existentes em todo o DF com os novos quilômetros que serão licitados. Desde 2019, mais de 140 Km de pistas novas foram construídas.
“Dentro desse projeto enxergamos a necessidade de integrar as ciclovias existentes. Temos diversos projetos para as Regiões Administrativas, inclusive construir 30 Km de ciclovias em Samambaia. Vamos ampliar toda a malha viária do DF”, garante o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro.
O GDF estava dando atenção às ciclovias mesmo antes da licitação sair do papel. As pistas para bicicletas na Arniqueira e no Itapoã já estão em execução, por exemplo. A da Arniqueira será ampliada ao Parque Ecológico do Areal, com uma extensão de 2,4 Km e a previsão de entrega é para o próximo mês. Já a do Itapoã será próxima à Rota do Cavalo e terá 1,5 Km.
Ainda este ano, outras ciclovias foram finalizadas, como a de 14 Km de extensão no Complexo Viário Governador Roriz, na Saída Norte. Além de outra de 5 Km, às margens da Avenida W9, no Noroeste. Outro lugar que também vai receber mais ciclovias é o Setor de Indústrias de Ceilândia. Recentemente, o governador Ibaneis Rocha (MDB) inaugurou 4,8 Km de pavimentação no Núcleo Rural Lamarão, local que também recebeu a mesma extensão em ciclovias.
“O GDF tem dado ênfase e importância ao modal cicloviário, incentivando o uso de bicicletas nas nossas vias. Ajuda a melhorar o trânsito e traz comodidade e conforto para quem utiliza esse meio de transporte para os deslocamentos. As ciclovias são importantes para fazer ligações entre as regiões administrativas”, explica o Superintendente de Obras do DER/DF, Cristiano Cavalcante.
O educador físico Washington Luiz Camargo, 27 anos, que pedala há oito anos, elogia as mudanças feitas. “Tenho utilizado muito as ciclovias do centro de Brasília. Tanto da L2 Norte como da L4 Sul. As ciclovias melhoraram muito. Antigamente, elas não ligavam nada, hoje em dia elas têm uma ligação maior entre elas. Por exemplo, se eu quero sair da Asa Norte e subir para o Lago Norte com mais segurança e sem precisar passar pelo meio do Eixão, há uma ciclovia que liga as duas regiões”, explica.
Também foi observado pelo professor que os percursos foram mais bem pensados. “Na Saída Norte, fizeram uma ciclovia sem paradas, ou seja, quem está de bike não precisa esperar o trânsito fechar. Ela cruza na lateral do viaduto e segue. Encontraram uma forma de o ciclista não ter que parar para atravessar para o outro lado”, observa Washington.
Planejamento
O governo está executando o Plano de Mobilidade Ativa 2020, que visa orientar e coordenar ações voltadas à Mobilidade a Pé e à Ciclomobilidade, por meio da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob).
O foco do plano é melhorar as infraestruturas de mobilidade para a população que se desloca a pé ou por bicicleta; incentivar a migração dos usuários dos modos motorizados para os modos ativos de deslocamento; e melhorar e fomentar a integração entre os modos ativos e o transporte público coletivo.
Em 2006, foi constituída a primeira ciclovia do DF pelo DER-DF em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). Com extensão de 12,5 Km, ela liga o Lago Norte ao Varjão, seguindo até a subida do Paranoá. Desde então, o número cresceu e o DF chegou a 586,5 Km, ocupando a segunda colocação do país, atrás somente de São Paulo, que tem 651,9 km de ciclovias/ciclofaixas.
Operação bicicletas compartilhadas
O começo da operação está previsto para o início do segundo semestre e a operação ficará a cargo da empresa Tembici. O contrato prevê oferta de 500 bikes distribuídas em 70 estações. Em um primeiro momento, elas vão ficar disponíveis nas Asas Sul e Norte, Universidade de Brasília e Sudoeste.
As bicicletas compartilhadas ficarão disponíveis nos locais com maior demanda de usuários, de forma a integrar os deslocamentos dos pedestres com o transporte coletivo. O sistema será uma alternativa de transporte e mobilidade para a população.
O sistema conta com planos que atendem diferentes perfis de uso e todos poderão ser adquiridos via aplicativo, no momento de uso ou antecipadamente. A Secretaria de Transporte e Mobilidade também trabalha em uma licitação para instalação de três mil paraciclos no DF.