O Palmeiras foi imponente e está nas semifinais da Libertadores da América pela terceira vez nas últimas quatro temporadas. Atual campeão do torneio continental e dono da melhor campanha na primeira fase deste ano, o alviverde garantiu o direito de seguir defendendo o título em grande estilo. A vitória diante do São Paulo, na noite de ontem, por 3 x 0, no Allianz Parque, na capital paulista, não foi especial somente pela garantia de uma vaga entre os melhores times do torneio diante de um dos maiores rivais regionais. O feito também deu fim a um tabu que era ostentado pelo tricolor.
Esta foi a primeira vez que a equipe palmeirense levou a melhor sobre os são-paulinos em um mata-mata de Libertadores. Nos outros três encontros pela competição tratada como obsessão pela torcida, nas oitavas de final das edições de 1994, 2005 e 2006, o tricolor foi quem comemorou a vaga. Dessa forma, o triunfo tira um gosto amargo do paladar palmeirense em relação ao Choque-Rei. Para melhorar, a classificação veio de forma imponente. Após abrir o placar cedo, o Palmeiras teve tranquilidade e foi quem acumulou as melhores chances do confronto paulista.
Mesmo avançando com o empate sem gols, o alviverde começou o jogo no Allianz Parque com marcação alta para incomodar o São Paulo. Porém, a jogada do gol nasceu justamente quando o tricolor se aventurou no ataque. Aos 10, Arboleda perdeu a bola no campo ofensivo. Em velocidade, Zé Rafael passou por Daniel e achou Raphael Veiga, que abriu o placar. Com mais posse de bola, o tricolor desperdiçou com Rodrigo Nestor e Gabriel Sara. O Palmeiras, porém, estava se sentindo, literalmente, em casa. Confortável, os mandantes pararam em Tiago Volpi com Rony.
O segundo tempo confirmou a tese de que o alviverde estava com as ações sob controle. Aos 11, porém, quem desperdiçou boa chance foi Pablo. O desafogo palmeirense veio aos 23, em golaço de Dudu. O camisa 43 voltava a marcar pelo time após um ano e seis meses. O atacante quase marcou outro, aos 27, quando parou em Volpi. Com 30, foi a vez de Raphael Veiga ficar no quase. Dois minutos depois, Patrick de Paula não falhou. Da entrada da área, o volante encheu o pé e fez o terceiro. Muito atrás, o São Paulo ficou em situação ainda mais desaforável com a expulsão de Vitor Bueno de forma direta.
"Era um jogo importante. Primeiro pelo tamanho, o que representa o clássico. Classificava para a semifinal, só aí tem um peso grande. E a gente sabia também do retrospecto desse jogo na Libertadores, da importância para nós e para a torcida. Estamos de parabéns. Na minha opinião foi um dos melhores jogos do ano. Vitória que dá confiança, nos preparamos para isso. É desfrutar do momento”, comemorou Raphael Veiga. “Cometemos erros, e eles converteram. Tínhamos que jogar mais agressivos, deixamos espaços no ataque, não defendemos bem”, lamentou Rigoni. Agora, o alviverde assistirá de camarote a definição do adversário nas semifinais, que sai do jogo entre Atlético-MG e River Plate.