O bloco da 713 Norte, na W3, cuja laje desmoronou na sexta-feira (6/8), continua isolado e atrai a curiosidade de quem passa pela região. Para evitar o fluxo de pessoas e garantir a segurança dos pedestres, operários instalaram vigas de madeira e tapumes para escorar a estrutura, no dia seguinte ao desabamento. Nesta terça-feira (10/8), o endereço começou a receber os moradores de volta, depois da demolição do pavimento superior do edifício. As lojas devem retomar as atividades no fim de semana.
O ex-deputado distrital Raad Massouh, proprietário do prédio, afirmou ao Correio que as obras estão em andamento desde sábado (7/8), cumprindo exigências da Defesa Civil. "Colocamos os tapumes, fechamos a área onde ocorrem os trabalhos e fizemos escoramentos de segurança no subsolo, nas lojas e marquises não afetados", detalhou.
O ex-deputado informou que contratou uma equipe para elaborar laudos e novos projetos para recuperação do imóvel, além de recolher os entulhos e escombros do andar onde ocorreu o incidente. Raad ressaltou que os inquilinos ficarão à vontade para decidir sobre o que fazer. Se permanecerem, não terão prejuízos e, se quiserem deixar o edifício, não receberão multas ou cobranças, apenas "todo o apoio necessário".
Moradora do prédio, Jusciana dos Santos, 42, relatou que alguns vizinhos voltaram para casa. Mas ela ainda tem receio . "Pretendo dormir lá hoje (terça-feira), mas confesso que estou com muito medo e procurando, com urgência, outro lugar para morar", disse a inquilina.
Na intenção de reparar a estrutura, a Defesa Civil liberou parte do local que havia sido interditado. No entanto, para evitar riscos, as lojas do térreo não podem funcionar. A previsão é de que elas reabram no fim desta semana. "Creio fortemente que, com todas as medidas tomadas até o momento, o risco de um novo desabamento é praticamente inexistente", ressaltou o engenheiro da Defesa Civil, tenente Rossano Bohnert.