O Aeroporto Internacional de Brasília vai testar, a partir de quinta-feira (12/8), o reconhecimento facial com biometria para os embarques de passageiros. A tecnologia faz parte do projeto-piloto Embarque + Seguro, do Governo Federal, e dispensa a necessidade de documento de identificação para viajar de avião. Além de agilizar o processo de embarque, a tecnologia pode reduzir o contato pessoal desde o check-in até a entrada na aeronave.
O Embarque + Seguro é desenvolvido pelo Ministério de Infraestrutura (MInfra), em parceria com o Serpro, empresa de tecnologia do Governo Federal, e com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. O Aeroporto de Brasília será o sexto do país e o primeiro da Região Centro-Oeste a participar dos testes.
A novidade da iniciativa está no sistema nacional unificado, que possibilita checar e validar a identidade do passageiro a partir do cruzamento com diferentes bases de dados governamentais. A tecnologia de reconhecimento facial para a identificação do passageiro e embarque automático nos portões eletrônicos (e-gates) já é oferecida em alguns locais.
Testes
O projeto começou a ser testado em 8 de outubro de 2020, no Aeroporto Internacional de Florianópolis (SC). Além da capital catarinense, as cidades que testaram a tecnologia de embarque por meio de reconhecimento facial são os de Salvador, Belo Horizonte (Confins), e, mais recentemente, na ponte aérea entre Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP).
No Aeroporto de Salvador, o segundo do país a experimentar o projeto, em dezembro, os testes aconteceram com passageiros voluntários da companhia aérea GOL. No momento do check-in no aeroporto, foi feita a validação biométrica do passageiro, comparando os dados e foto tirada na hora com a base do governo e a vinculação ao cartão de embarque.
Para entrar na aeronave, o embarque ocorre por meio de identificação facial por biometria, sem a necessidade de apresentar qualquer documento. Para realizar os testes iniciais, o Serpro desenvolveu um aplicativo que permite o cadastramento da foto do passageiro, vinculada ao CPF.
A verificação da identificação biométrica é feita por checagem junto ao banco de dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), e com a base do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o Ministério da Infraestrutura, o Brasil tem 67 milhões de CNHs e 120 milhões de eleitores cadastrados no TSE.