Paratleta de vela adaptada, Ana Paula Marques, 39 anos, também é sobrevivente de uma tentativa de feminicídio. Após ser atingida por um tiro nas costas, efetuado pelo ex-marido, ela perdeu os movimentos dos membros inferiores. Para participar do campeonato mundial do esporte que pratica, Ana depende de doações.
O crime praticado pelo ex-marido ocorreu em 2003, na cidade de Alvorada, no Rio Grande do Sul. Na época, aos 20 anos, ela morava no local com o filho, que tinha três anos, e o então marido. “Ele não aceitava o fim do relacionamento e tentou me matar. Disparou duas vezes contra mim. Um dos tiros pegou nas costas”, lembra Ana. Sobrevivente, ela começou a fazer tratamento de reabilitação na Rede Sarah, quando conheceu a prática dos esportes adaptados e se apaixonou pela vela.
“Me identifiquei. Só que no Sul essa prática não era muito comum e não tinha onde treinar. Foi então que me mudei para Brasília com meu filho em 2013”, diz. Em Brasília, ainda realizando acompanhamento médico de reabilitação na Rede Sarah, Ana começou a treinar e se tornou atleta de vela adaptada. Além de outras conquistas, em 2018, no torneio dos Estados Unidos, ela chegou ao lugar mais alto do pódio e trouxe a medalha de ouro para o Brasil.
“Para os dois primeiros torneios eu tinha patrocínio. Com a pandemia, a maioria dos campeonatos foi cancelada. O próximo mundial será realizado na Itália, em outubro deste ano, e quero muito conseguir competir e trazer mais uma medalha para o meu país”, declara. Para isso, Ana conta com a ajuda de amigos, familiares, conhecidos e desconhecidos. As doações para Ana podem ser feitas por meio de um número de Pix (61 982067819). Dos R$ 12 mil necessários, ela tem R$ 6 mil.