Em apenas uma noite, cinco bares do Distrito Federal foram multados e interditados por descumprimento de protocolos de combate à covid-19 e aglomeração (veja imagens abaixo). A Operação Baco, deflagrada pela Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), reforçou a fiscalização nos locais que mais recebem reclamações.
Neste sábado (28/8), terceiro dia da operação, um dos punidos por desrespeitar os decretos de combate ao coronavírus foi o Café de La Musique, no Setor de Clubes Sul. O bar foi multado em R$ 10 mil por promover shows e aglomeração. O local ficará interditado por 30 dias.
Outro alvo das ações da DF Legal foi o Dallas Bar, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG). "Depois de três noites seguida de ações, com multas, notificações e desrespeito aos protocolos sanitários, o Dallas Bar, na EPTG, foi multado em mais R$ 10 mil e interditado por 30 dias. Cerca de 500 pessoas estavam no local", informou a secretaria.
A punição foi a mesma para o Texxas Bar, no Núcleo Bandeirante. Flagrado com grande aglomeração de clientes — a maioria sem máscara —, o estabelecimento foi multado em R$ 20 mil e interditado por um mês. No Gama, na região do DVO, o local fiscalizado foi o Bar Sanfona de Ouro. Com grande aglomeração, inclusive em via pública, o local recebeu multas que totalizaram R$ 18 mil e ficará fechado.
O bar Vila Jeri, na Asa Norte, sofreu ação fiscal. Ele será avaliado por outras equipes. Até lá, o local permanecerá interditado. Haverá, também, aplicação de multa.
Operação Baco
A Operação Baco é uma resposta aos estabelecimentos que insistem em descumprir as regras de combate à covid-19. Além das 11 equipes que atuam diuturnamente, a Secretaria DF Legal, junto a outros órgãos do Executivo local, trabalham com fiscais descaracterizados.
Os fiscais vão aos endereços e registram a movimentação, que, posteriormente, entra em relatórios. Com isso, evita-se uma tática recorrente nesses estabelecimentos, de pedir aos clientes que retornem às mesas e coloquem as máscaras ao saberem da chegada das equipes da DF Legal.
Posicionamentos
O Correio entrou em contato com os estabelecimentos citados pela DF Legal. Em nota, o Café de La Musique informou que "está seguindo todas as medidas de seguranças para o bem-estar de todos os clientes e cumprindo todas as regras determinadas pelo decreto do Governo do Distrito Federal".
Os representantes do bar informaram que, no sábado (28/8), ocorreram "alguns excessos por parte do público", mas funcionários teriam tentado conter o problema. "Diante dessa situação, o Café de La Musique se compromete, ainda mais, a partir deste fim de semana, a reforçar a fiscalização e aumentar o número de colaboradores para tal ação, aumentando o quantitativo de segurança e brigadistas para repreender aqueles que levantam das mesas e ficam sem máscara, gerando aglomerações", diz a nota.
A equipe do Vila Jeri comunicou que "tomou todas as medidas necessárias para corrigir possíveis falhas
no cumprimento do protocolo de segurança exigido em decreto pelo Governo do Distrito Federal". "Reiteramos que prezamos sempre pelo bem-estar e pela segurança de nossos clientes, funcionários e colaboradores, bem como de moradores dos arredores do estabelecimento. (...) O episódio de interdição (...) foi o primeiro desde a abertura do Vila Jeri. Informamos que as irregularidades identificadas foram corrigidas e sanadas", ressalta.
Também em nota, os responsáveis pelo Dallas e pelo Texxas Bar destacaram que seguem "todas as medidas de segurança e decretos estipulados pelo Governo do Distrito Federal". "No fim de semana, foram registradas algumas aglomerações e excessos por parte do público, (casos em) que, na maioria das vezes, os colaboradores das casas não conseguem intervir. Vale ressaltar que, durante a operação da secretaria DF Legal, o estabelecimento cumpria todas as regras impostas, como uso de álcool em gel, assegurando todos os convidados sentados e com distanciamento entre as mesas", afirmam.
Os estabelecimentos serão mais rigorosos em relação às medidas de segurança sanitária, segundo a nota, com aumento de colaboradores e brigadistas para fiscalizar o uso de máscaras. "Importante lembrar que a suspensão do funcionamento por 30 dias prejudica mais de 60 trabalhadores, fora os músicos e colaboradores que dependem da movimentação das casas para sustentar famílias", conclui o documento.
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