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Macaco-prego é atropelado perto do Zoológico após tentar travessia da EPGU

Vídeo flagrou família de cerca de oito animais atravessando as ruas; primatas são de vida livre e frequentam a área do Zoológico

Thays Martins
postado em 27/08/2021 13:36 / atualizado em 27/08/2021 15:06
 (crédito: Karina/ Ibram )
(crédito: Karina/ Ibram )

Um macaco-prego foi atropelado na manhã desta sexta-feira (27/8) na Estrada Parque Guará (EPGU), perto do Zoológico de Brasília. A informação foi confirmada pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental. De acordo com o BPMA, uma família de cerca de oito animais, inclusive uma fêmea com filhote, estava circulando pela área e atravessando a pista quando o incidente aconteceu. O animal foi resgatado por uma auditora do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que por acaso passava pelo local, e levado ao Zoológico para atendimento. Os animais são de vida livre e frequentam a área do Zoológico. 

De acordo com o Zoológico, o macaco  foi medicado, submetido a exames e está em observação. "Um macaco-prego deu entrada no hospital veterinário, após ser atropelado na EPGU. O macaco está medicado, mas foi submetido a exames e continua em observação até a liberação dos resultados", diz a nota. 

O resgate foi feito por Karina Torres, auditora fiscal de controle ambiental do Brasília Ambiental. Ela estava passando pelo local do acidente logo após o atropelamento do animal. De acordo com a auditora, um motorista estava colocando o animal no gramado. Ela alerta que, em casos como esse, a população precisa acionar os órgãos competentes, no caso, a Polícia Ambiental. "Ao encontrar um animal atropelado, seja silvestre, seja doméstico, a pessoa pode auxiliar de alguma forma. A gente não aconselha pegar, mas ligue no 190 ou 162 pedindo para os órgãos resgatarem para ele ter uma chance de sobreviver. Nesse caso, ele ia ser abandonado. É importante que a população ajude a nossa fauna. Verifica onde está. Se conseguir bater foto com coordenadas, tem um aplicativo chamado Timestampe, ajuda também", explica. 

Karina ressalta que é um privilégio vivermos no Cerrado, mas que precisamos cuidar da nossa fauna e flora. "Vivemos no Distrito Federal e temos o privilégio de conviver com a biodiversidade de perto, pois temos muitos parques e áreas protegidas. Mas esse privilégio também nos traz a responsabilidade de zelar pelo meio ambiente e pela nossa fauna, reduzindo a velocidade em locais com placas indicativas de travessia de animais, por exemplo", alerta. 

Um vídeo, gravado pelo consultor de vendas de veículos Iwander Moreno, mostrou o momento em que os animais corriam perto do Zoológico. Quando ele viu, acreditou que os animais tivessem fugido. "Da onde iria surgir esse tanto? Eram muitos", disse. 

 

O Zoológico, no entanto, esclareceu que não se trata de fuga. Os animais são de vida livre e somente frequentam a área do Zoológico.  "A Fundação Jardim Zoológico de Brasília esclarece que não houve fuga de nenhum animal pertencente ao plantel ou que estivesse sob cuidados da unidade. O grupo registrado no vídeo é formado por macacos-prego de vida livre. Cabe ainda reforçar que é comum animais de vida livre frequentarem o Zoológico, assim como outros espaços de Brasília", disse em nota.

Segundo o Instituto Brasília Ambiental, os macacos vistos no vídeo têm o Cerrado como habitat natural. "Não há uma medida a ser tomada, pois são animais habituados às cidades e livres, o Instituto Brasília Ambiental ressalta que não se deve ameaçá-los, visto que estão protegidos pela Lei 9.605/98 e outras legislações. Além disso, atuam como importante controlador de surtos de febre amarela, visto que, com o desaparecimento desses mamíferos, há um desequilíbrio ambiental. Outra importância dessa espécie é o seu papel como importante dispersor de sementes e controladores populacionais de alguns insetos", diz, em nota. 

Além disso, o Instituto ressalta a importância de não dar alimentos para esses animais. "É importante destacar que o hábito de alimentar macacos e micos deve ser combatido, pois podem fazer com que mudem seus hábitos de consumo de alimentos naturais e diminuam a busca na natureza, gerando a dependência por alimentos de fácil acesso. Ademais, há sempre risco de mordeduras ao oferecer alimento a um animal selvagem."

Outro caso 

No mês passado, uma macaco-prego fêmea morreu atropelada após tentar atravessar a Estrada Parque Guará (EPGU). Após a fatalidade, outro macaco, que também tentava fazer a travessia, ficou rodeando o corpo e acompanhando a situação até voltar para a mata.

 

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  • Macaco-prego perto do Zoológico
    Macaco-prego perto do Zoológico Foto: Iwander Moreno/ reprodução
  • macaco atropelado em viatura
    macaco atropelado em viatura Foto: Karina/ IBRAM.
  • macacos perto do Zoológico
    macacos perto do Zoológico Foto: Iwander Moreno/ reprodução
  • macacos perto do Zoológico
    macacos perto do Zoológico Foto: Iwander Moreno/ reprodução
  • macacos perto do Zoológico
    macacos perto do Zoológico Foto: Iwander Moreno/ reprodução
  • macacos perto do Zoológico
    macacos perto do Zoológico Foto: Iwander Moreno/ reprodução
  • macaco-prego atropelado
    macaco-prego atropelado Foto: Karina Torres/ reprodução
  • macaco-prego atropelado
    macaco-prego atropelado Foto: Karina Torres/ reprodução
  • macaco-prego atropelado
    macaco-prego atropelado Foto: Karina Torres/ reprodução
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