Por meio da Lei da Cultura Viva, o Governo do Distrito Federal vai investir mais de R$ 2 milhões em Pontos e Pontões de Cultura de movimentos culturais pelo DF. Desde segunda-feira (16/8), a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec–DF) iniciou a atualização dos cadastros da Rede de Pontos e Pontões de Cultura do DF e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Os participantes têm até 31 de agosto para apresentar as devidas documentações para atualização cadastral.
Inicialmente, só podem efetuar a atualização de cadastro os pontos e pontões certificados pela Secec e pelo extinto Ministério da Cultura. Caso seja identificado abandono de alguns dos participantes, a Secretaria de Cultura vai abrir novas vagas para novos cadastros.
Para participar da atualização cadastral, a pessoa responsável pelo movimento cultural vai precisar responder um questionário acessando o site da Secec - DF.
Sobre o Cultura Viva
A iniciativa tem como objetivo desenvolver ações junto com agentes culturais para elaboração de atividades culturais. Entre elas estão incentivar a valorização de pequenos espaços culturais das Regiões Administrativas (RAs) e RIDE, a fim de refazer a rede cultural da cidade e, de maneira colaborativa, fomentar as atividades com a utilização do recurso disponibilizado pela Secec - DF.
A subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes, informa que a ideia da Secretaria de Cultura é mapear quantas instituições que colaboram com o desenvolvimento cultural existem entre as que se cadastraram na Secec e através do extinto Ministério da Cultura. "Queremos oferecer profissionalização a essas instituições. É a partir dessa atualização cadastral que vamos poder repassar um recurso que está disponível na secretaria”, informou Sol Montes.
De acordo com a subsecretária, cerca de R$ 2 milhões estavam parados na Secec e, agora, serão destinados a instituições de incentivo cultural nas regiões administrativas do DF. “Nossa projeção é que, no mínimo, com 60 pontos de cultura, a gente possa beneficiar diretamente mais de 50 mil pessoas com oficinas, com formação, atividades artísticas, cursos e uma série de ações culturais em todo o Distrito Federal”, relatou a subsecretária.
Vale destacar que a atualização cadastral é apenas o começo para a reativação dessa política no DF. Segundo a Secec, em setembro está prevista a realização de um seminário com as pessoas que atualizaram os cadastros. No evento, será discutido como será feito o repasse de recursos e a capacitação dessas instituições que irão atuar nesses pontos culturais.
Movimentos culturais pelo DF
A Organização não Governamental (ONG) Pellinsky há anos desenvolve um trabalho de cultura nas escolas públicas do DF. O presidente da instituição, Andreoni Pellinsky Cavalcanti, conta que, antes da pandemia, o movimento realizava atividades como danças folclóricas, boi de Parintins, carimbó, freio, samba, dança cigana e danças contemporâneas. "Antes da pandemia da covid-19, nós pegávamos as aulas de artes das escolas junto com professores para realização das atividades. No início, a garotada fica meia tímida, mas quando a gente inicia as danças, eles se animam para fazer", diz.
As atividades oferecidas pela ONG Pellinsky são todas gratuitas. Antes do período da pandemia, anualmente ocorria uma competição para escolher o melhor dançarino do grupo. Os ensaios para a preparação dos eventos são realizados em espaços públicos. Crianças, jovens e adultos participam dos espetáculos oferecidos pela instituição.
Projetos culturais como esses fazem toda a diferença para a sociedade. "A gente vê a mudança entre essas pessoas que participam do nosso projeto. As crianças, jovens e adultos se sentem mais valorizados. Eu sempre falo para os meninos que, se temos o que temos, é porque alguém trabalhou no passado por nós. A cultura é transformação, é história, é vida", garante Andreoni Pellinsky.
* Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.