A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBM-DF) encontraram, nesta quinta-feira (12/8), a cabeça do jovem que foi brutalmente assassinado e decapitado em Brazlândia. Mateus dos Santos Sousa, 19 anos, foi morto a facadas e teve o corpo jogado em um córrego próximo à Ponte Maranata, a 200 metros de Águas Lindas de Goiás. O trio responsável pelo homicídio foi preso no Piauí.
Gleidson Monteiro, 41 anos, e os dois filhos, Glaydston Adriano, 21, e Gleidson Monteiro da Silva Júnior, 18, confessaram aos policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), no dia da prisão, que decapitaram o rapaz e jogaram a cabeça em um córrego no Novo Gama (GO).
Em diligências, os policiais em conjunto aos bombeiros encontraram a parte do jovem em estado avançado de decomposição. O crime aconteceu em 13 de maio e segundo o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), obtido em primeira mão pelo Correio, Mateus levou 125 facadas e foi degolado ainda com vida.
O jovem ficou sob o poder dos criminosos por cerca de 10 horas, como consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Assassinato
Em 12 de maio, Glaydston Adriano foi a um bar em Brazlândia, por volta das 19h, e começou uma discussão com a vítima. Em seguida, seus dois filhos entraram no estabelecimento, um deles portando uma arma de fogo e o outro com uma faca.
Com medo, Mateus correu para a parte residencial do bar, mas foi perseguido e esfaqueado. Ferido, ele foi arrastado e colocado no porta-malas de um carro, ainda com vida. Mesmo ferido, o jovem foi novamente esfaqueado. O dono do estabelecimento chegou a ser ameaçado pelo trio, caso denunciasse.
Após sequestrá-lo, os criminosos levaram Mateus até a Ponte Maranata, a 200 metros de Águas Lindas de Goiás (GO), onde o degolaram e jogaram o corpo no Rio Descoberto. O cadáver do jovem só foi encontrado às 10h50 de 13 de maio, mas a cabeça ainda não tinha sido localizada. Para o MPDFT, o homicídio foi cometido com uso de “meio cruel, uma vez que, segundo o laudo cadavérico, a vítima sofreu aproximadamente 125 lesões corporais especialmente na região torácica, além de ter sido arrastada e decapitada em vida, condutas que lhe causaram desnecessário sofrimento, revelando, por parte dos denunciados, brutalidade fora do comum, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”.
Diante disso, o Ministério Público requereu a conversão da prisão temporária em preventiva, como “medida necessária para a garantia da ordem pública”. O MPDFT destacou, ainda, que há provas suficientes da autoria dos crimes, tendo em vista os documentos produzidos e as declarações das testemunhas e familiares da vítima, além da confissão dos criminosos.
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