Os moradores de Brasília vão ter a oportunidade de ver a chuva de meteoros Perseidas 28 vezes por hora na madrugada desta quinta-feira (12/8). A informação é da Rede de Monitoramento de Meteoros Brasileiros (Bramom), que calcula a taxa média nas capitais pelo país.
Segundo o professor de Física e Astronomia da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Brito, a constelação de Perseu – que dá nome ao fenômeno – nasce no nordeste por volta das 2h da manhã, com previsão de pico da explosão das 4h até o fim da madrugada.
“Então, para uma boa visualização, tem que ter o horizonte norte livre, e sem muitas luzes nesta direção. Esta chuva de meteoros são restos do cometa Swift-Tuttle que deixa na sua trajetória ao redor do Sol, e quando a Terra passa todo ano nesta região, atrai parte desses destroços”, explica o astrônomo.
O também astrônomo formado na UnB, Adriano Leonês, acrescenta que é preciso sair da cidade, onde há muita iluminação, e ir para uma região com pouca luz. “Tem que ser um local escuro e afastado da luminosidade da cidade, como uma zona rural. Aí é ficar olhando para o céu para identificar a chuva de meteoros”, explica o físico.
Segundo ele, o telescópio não é recomendado para observar a chuva de meteoros. “Se você não souber onde a chuva estiver, ele vai limitar muito o campo de constelação. O ideal é usar um binóculo para observar a chuva de meteoros. Dependendo do tamanho do binóculo, você consegue ver a constelação inteira”, complementa.
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O astrônomo esclarece que o hemisfério sul costuma ter uma visão rasa da explosão de meteoros a olho nu. As cidades abaixo de 30 graus na latitude sul, do Rio Grande do Sul para baixo no país, por exemplo, não conseguirão ver a explosão no céu. “A gente está em uma posição em que a constelação de Perseu aparece rasa no céu, ficando um pouco acima do horizonte na direção norte. Por esse motivo, a gente não consegue ver a totalidade dela”, conclui Adriano.
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