Acidente

Começa o escoramento em edifício que desmoronou na Asa Norte

Ex-deputado Raad Massouh, dono do prédio, quer iniciar as obras de reconstrução na segunda-feira (09/8)

Ádamo Araujo
postado em 07/08/2021 17:21
 (crédito: Ádamo Araujo/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Ádamo Araujo/Esp. CB/D.A Press)

O cenário de terra arrasada ainda assusta quem passa pela altura da quadra 713 Norte, da W3. O edifício que colapsou na tarde desta sexta-feira (06/8) ainda mostra sinais de que pode seguir ruindo. Para evitar que isso ocorra, vigas de madeira e tapumes estão sendo usados para escorar a estrutura e, também, com o objetivo de evitar o fluxo de pessoas ao redor dos escombros.

Responsável pelo prédio, o ex-deputado Raad Massouh acompanhou de perto e coordenou a instalação dos materiais. “A partir de segunda-feira (09/8), vamos finalizar a limpeza e inciar a obra de reconstrução. Queremos estar com tudo pronto num prazo de 30 dias”, disse o empresário. “Conseguimos identificar que as lojas de baixo não tiveram qualquer tipo de dano. Vão permanecer fechadas e, na próxima semana, é possível retomarem às atividades”, completou.

Pelo menos, quatro lojas suspenderam as atividades neste sábado. A quinta unidade, um restaurante, funcionou normalmente. Em relação às sobrelojas à esquerda da estrutura colapsada, alguns moradores voltaram ao local para pegar pertences.

“Passamos a noite em um prédio alugado aqui perto. Estamos tendo todo o apoio, mas estávamos sem nossas coisas: roupas, dinheiro e documentos”, ressaltou um morador que preferiu não se identificar.

Ainda muito assustado com o ocorrido, Alan Miranda, de 29 anos, lembra os momentos após o desabamento. “Eu estava em um prédio do outro lado da rua. O barulho se compara à queda de uma cristaleira gigante. Tremeu tudo ao redor. Não sei explicar o susto que senti no momento”, conta o comerciante, que há 14 anos atua na região. “Muita fumaça, muita gritaria e muita preocupação em ter alguém lá dentro”, contou.

Alan Miranda, de 29 anos, presenciou o desabamento.
Alan Miranda, de 29 anos, presenciou o desabamento. (foto: Ádamo Araujo/ Esp. CB)

Ao analisar às imagens e as notícias acerca do fato, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Dionyzio Klavdianos, acredita que não foram tomados certos cuidados, como a manutenção temporária preventiva e a contratação de empresa sem o devido gabarito para o serviço. “Um engenheiro calculista conseguiria dar o devido diagnóstico desse trabalho e orientar, sem intercorrência, sua execução”, garantiu.

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