O Policial Civil Ronney José Barbosa Sampaio, envolvido no caso do helicóptero encontrado com cerca de 300kg de cocaína, em Poconé, Mato Grosso, será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil do Distrito Federal. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave está registrada no nome do papiloscopista. Mesmo com o inquérito administrativo e criminal aberto, o servidor continua exercendo o cargo na Divisão de Trânsito (Ditran).
De acordo com a Polícia Civil, não existe previsão no regime jurídico do órgão para o afastamento cautelar em âmbito administrativo, somente com o pedido da justiça. O corregedor da Polícia Civil do DF, Adval Cardoso, explica que só é solicitado o afastamento caso o investigado estiver atrapalhando o andamento das diligências do caso.
Foram abertos, nesta sexta-feira (6/8), dois processos envolvendo o nome de Ronney José Barbosa Sampaio. "Em razão da repercussão nacional envolvendo a instituição, foi aberto uma sindicância administrativa que irá apurar o processo disciplinar sobre o caso. E vamos também entrar com o aspecto criminal para saber se houve a participação do servidor em outros crimes de tráfico no DF", informou Adval.
Um outro ponto que chamou a atenção do corregedor é a grande quantidade de aeronaves no nome do policial. Ao menos cinco aeronaves estão ligadas a Ronney Sampaio, que tem salário médio de R$ 12 mil. "Queremos entender, se ele diz que vendeu o helicóptero, porque ainda não transferiu para o novo comprador", pontua Adval Cardoso.
Além do helicóptero que caiu, mais quatro aeronaves constam em seu nome, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, fornecido pela Anac. A aeronave que caiu estava com o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado. Em relação aos quatro aviões, dois estão com documentação irregular, e dois em situação de aeronavegabilidade. De acordo com o Portal da Transparência, em junho o papiloscopista recebeu R$ 19.746,02.
O Correio tenta contato com o policial, mas até a publicação desta nota não obteve resposta.
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