A taxa de desemprego do Distrito Federal fechou em 18,7% no 2º trimestre de 2021. Em junho do ano passado, o índice de desocupação no DF era de 21,6% e no 1º trimestre de 2021, a taxa chegou a 19,5%. Em novembro, o Distrito Federal registrou 17,8% de pessoas desempregadas — a menor taxa dos últimos 12 meses.
Os dados foram divulgados pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta terça-feira (27/7), durante apresentação da Pesquisa Emprego e Desemprego (PED) relativa a junho.
A porcentagem de desocupados em junho no DF representa 308 mil pessoas. Em maio, eram 320 mil brasilienses e em junho do ano passado, 327 mil cidadãos.
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Em relação ao número de ocupados por setor, o segmento público perdeu 9 mil vagas, o que representa decréscimo de 3,4%. Os postos privados, por sua vez, cresceram 2,2%, o que significa mais 11 mil vagas, com carteira assinada. Os trabalhadores autônomos também aumentaram, em 2,1% — mais 5 mil postos. Os profissionais liberais sem carteira assinada diminuíram em 1%, taxa relativa a mil vagas.
Há no DF 876 mil assalariados, dos quais 617 mil são do setor privado, 259 mil estão em empregos públicos e 248 mil são trabalhadores autônomos. O número de empregados domésticos na capital federal é de 82 mil pessoas. Em um ano, o DF criou mais 12 mil vagas em empregos domésticos.
Desde junho de 2020, a taxa de participação, ou seja, a proporção de pessoas com 14 anos e mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, passou de 61,1% para 65%. Nesse período, foram criados 146 mil postos de trabalho, número superior ao de novos trabalhadores no mercado de empregos do DF — 127 mil brasilienses.
Em relação a maio de 2021, a quantidade de pessoas desempregadas diminuiu, já que foram abertas mais 11 mil vagas de trabalho no Distrito Federal.
Rendimentos
Entre abril e maio de 2021, o ganho médio das pessoas ocupadas cresceu 2% e alcançou R$ 3.445. Os assalariados aumentaram os rendimentos em 0,9%, chegando a R$ 3.812. Os trabalhadores autônomos, por sua vez, passaram a receber 3,1% a mais, totalizando R$ 1.956.
Os trabalhadores assalariados do setor privado tiveram aumento de 2,6% na remuneração média e passaram a receber R$ 2.223, ao passo que os servidores públicos viram os rendimentos crescerem 1,3%, chegando a ganhos médios de R$ 8.568.
Classes
Quando considerados os rendimentos por faixa de renda, os 10% mais pobres do DF perderam 19% nos ganhos, na comparação com maio de 2020. Em relação a abril deste ano, houve crescimento de 3%. Em maio de 2021, a classe recebia, em média, R$ 536 — menos da metade do salário mínimo.
Já os 10% mais ricos do DF perderam 10,2% dos rendimentos na comparação com maio de 2020. Em relação a abril de 2021, contudo, houve crescimento de 3,9% na renda. Esse grupo ganha, em média, R$ 14.506 por mês, valor 13 vezes superior ao salário mínimo.