Uma operação das polícias civis de Goiás e do Distrito Federal terminou com cinco pessoas detidas ontem, por suspeita de associação com Lázaro Barbosa de Sousa. O fugitivo foi morto em 28 de junho, após 20 dias de uma megaoperação de busca. As prisões ocorreram durante um trabalho de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Ao divulgar a informação, o chefe da Secretaria de Segurança Pública goiana, Rodney Miranda, declarou que concluiu mais sete inquéritos relacionados ao caso. Os documentos serão enviados à Justiça.
Além de Goiás, há investigações em andamento no DF, para apurar se Lázaro teria cometido mais crimes. “A operação (de ontem) tinha sido planejada há algum tempo. Mas tivemos de dar um start (início) mais rápido. Com certeza, foi um sucesso. Foram (cumpridos) 37 mandados de busca e apreensão, bem como a prisão em flagrante das cinco pessoas”, detalhou Rodney. O secretário acrescentou que alguns desses suspeitos presos iam para o Entorno, na tentativa de cometer delitos e escapar da polícia. “Mesmo depois da operação (de buscas a Lázaro), continuaremos presentes”, completou.
A Operação Anhanguera ocorreu no âmbito do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Para Júlio Danilo, secretário da pasta distrital (SSP-DF), os trabalhos deram continuidade, “de forma mais intensa”, a ações de rotina na região. “As forças policiais estarão com um efetivo maior lá nesses dias. Fizemos um trabalho prévio de inteligência e intercâmbio de informações, para localizar foragidos, cumprir mandados e reforçar o policiamento”, ressaltou.
Entre as regiões que estão no radar estão os municípios goianos de Águas Lindas e Cocalzinho — que engloba o distrito de Girassol e o povoado de Edilândia; os Incras 8 e 9, em Ceilândia; bem como a Área Rural de Brazlândia. O início oficial da operação ocorreu ontem, na sede do 17º Comando Regional da Polícia Militar, em Águas Lindas, e contou com servidores das forças de segurança do DF, de Goiás e da União.
Lázaro é considerado o principal suspeito de matar quatro pessoas da família Marques Vidal, entre 9 e 12 de junho. Ele também foi acusado de cometer outros crimes, como roubo e estupro. A força-tarefa de buscas por ele durou 20 dias e contou com 270 integrantes das forças de segurança. O fugitivo acabou assassinado durante uma troca de tiros com policiais.
As investigações indicam que ele contou com a ajuda de outras pessoas. Um dos suspeitos é o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, que teve a prisão preventiva revogada pela Justiça em 16 de julho. Ele foi indiciado por favorecimento pessoal — quando alguém atua para impedir que as autoridades alcancem um acusado de cometer crimes — e por posse ou porte ilegal de armas. O acusado continua em casa, à disposição da polícia, com tornozeleira eletrônica.
Colaborou Jéssica Moura