Três votos contrários no Senado a aumento do Fundo Eleitoral
Na bancada de senadores do DF, todos votaram contra a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2022 e, consequentemente, contra o aumento dos recursos destinados ao Fundo Eleitoral. O montante de gastos públicos para campanhas políticas saltou de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões. Em plena pandemia, quando o foco precisa ser a saúde. Izalci Lucas (PSDB-DF), José Antônio Reguffe (Podemos-DF) e Leila Barros (PSB-DF) disseram não. O placar da votação, quinta-feira, foi 40 a 33. Passou. À coluna, Reguffe justificou o voto: “Esse aumento do Fundo Eleitoral já seria um absurdo em qualquer tempo, numa pandemia é uma excrescência completa. Votei contra a criação desse Fundo na legislatura passada e agora votei contra seu aumento. Isso é um tapa na cara do contribuinte honesto brasileiro”.
De volta à cena política
Longe da vida pública há 12 anos, Leonardo Prudente voltou à cena política na sombra do filho. O ex-deputado esteve ontem no Palácio do Buriti corujando Rafael Prudente (MDB), que está no exercício do governo graças à licença de Ibaneis Rocha (MDB) e de Paco Britto (Avante). Em solenidade de assinatura da Lei de Modernização das Carreiras da Saúde, Prudente pai tirou fotos, aplaudiu e conversou com antigos aliados. Um dia antes participou de reuniões com Rafael no gabinete de Ibaneis. O ex-deputado Augusto Carvalho também apareceu.
Garoto propaganda
Para quem tem dúvidas sobre a eficácia da CoronaVac — combatida por bolsonaristas — o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mais do que nunca, será o garoto propaganda do imunizante. Ele, que tomou as duas doses da vacina fabricada pelo Butantan, está infectado por covid-19 novamente. Mas até agora, felizmente, sem nenhum sintoma. Ontem, Doria esteve no Hospital Albert Einstein para uma batelada de exames com o seu médico, David Uip. Pelo que divulgou, está zerado.
Paco reassume governo na segunda-feira
Melhor das dores nas costas provocadas por inflamação no nervo ciático, o vice-governador Paco Britto (Avante) está pronto para retomar o cargo de governador em exercício na segunda-feira. Paco fica no cargo até a volta do governador Ibaneis, no próximo sábado.
Novo visual
O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) apareceu ontem de cabelos compridos, para tomar a segunda dose da vacina contra covid-19. O visual é novo, mas a cor ainda é o vermelho.
Thais Riedel quer audiências presenciais no TJDFT
A advogada Thais Riedel, pré-candidata à presidência da OAB-DF, apresentou requerimento ao Tribunal de Justiça do DF pedindo a volta gradual das atividades presenciais. Segundo Thais, embora o esforço para manter a Justiça funcionando virtualmente seja louvável, ele é insuficiente para alguns atos jurisdicionais. A advogada pede atenção especial para a retomada do atendimento aos advogados, que foi muito prejudicado com a virtualização das atividades no Judiciário. “O acesso do advogado ao magistrado, aos autos e ao seu cliente são elementos básicos das prerrogativas da advocacia”, afirma.
Só papos
“A Câmara aprovou o PLN - LDO (Lei das Diretrizes orçamentárias). Essa lei estabelece prioridades para a saúde, para a segurança pública e sua aprovação é imprescindível para estabelecer as metas para 2022. Mas o PSL orientou contra o aumento do fundão para 6 bilhões. A votação foi simbólica”
Deputada Bia Kicis (PSL-DF), sobre o aumento do Fundo Eleitoral para no mínimo R$ 5,7 bilhões, incluído na LDO
“Esse papinho não cola! A forma que temos para pressionar um relator a retirar um ‘jabuti’ de um projeto é exatamente votando contra o texto principal, para forçar, assim, um acordo e a retirada do ‘jabuti’. Foi o partido Novo que tentou retirar o ‘golpe do fundão’, com um destaque que não recebeu o devido apoio dos governistas. Sem apoio, não teve votação nominal. É muita hipocrisia de quem está dizendo o contrário.”
Deputado Luis Miranda (DEM-DF)
À QUEIMA-ROUPA
Advogado Marcelo Piauí, assessor especial do Palácio do Buriti
Você tem uma amizade da vida toda com o governador Ibaneis Rocha, acredita que ele está mesmo disposto a concorrer a um novo mandato de governador ou tem outros planos?
Estamos juntos desde que nossos sonhos se limitavam à Ordem dos Advogados. A chegada ao Buriti não foi por acaso e, se depender de mim, ele irá postular a reeleição. Quatro anos é pouco para o muito que Ibaneis Rocha tem a apresentar ao Distrito Federal.
Entre os principais aliados de Ibaneis no governo, muitos são advogados, como é o seu caso. Qual a principal característica de um governo de advogados?
Se você olhar bem, verá que o governo tem uma face heterogênea, com a cara do DF. A presença de um bom número de advogados reflete apenas o desejo de um governador identificado com o fiel cumprimento das leis, das garantias da sociedade e, ainda, em proporcionar segurança jurídica na condução do Estado.
Por que você saiu da administração de Ceilândia?
O timing da administração é do governador. Cumpri uma etapa da missão que ele me incumbiu. Agora estou em outra não menos importante.
Você acompanha o dia a dia de Ibaneis. O que tira o governador do sério?
Ibaneis Rocha é um homem de ação. Nada mais irritante a uma pessoa com essa característica do que a morosidade da burocracia.
O que motiva o governador?
Realizar, fazer, deixar um legado. Ibaneis, não esqueçamos, nasceu em Brasília e construiu uma carreira vitoriosa aqui. Trata-se de uma gratidão que está expressa em todos os seus atos: retribuir o que a cidade lhe deu com uma administração plena de realizações.
Todo político quer ter uma bancada no Legislativo de sua confiança. Você pretende ser candidato a distrital? Ou a outro cargo?
Não busco nem trabalho objetivando uma eventual candidatura. Prefiro imaginar que estou numa missão política, que é de contribuir com o pleno êxito do governo Ibaneis Rocha.