Um grupo com cerca de 200 pessoas em situação de vulnerabilidade social protestou em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na tarde desta quarta-feira (14/7). Os organizadores da Frente Nacional de Lutas (FNL) protocolaram um ofício na CLDF para exigir moradias populares no DF.
Segundo o dirigente da FNL, Cláudio de Oliveira, 50 anos, foi enviado o mesmo pedido à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF).
“Viemos protocolar um ofício com políticas públicas de moradia para a população vulnerável do DF. Acabamos de vir da Terracap, onde deixamos outro protocolo pedindo áreas de acabamento que são nossos acampamentos. Queremos que a Terracap, junto com a Seagri, agilize esses documentos, ainda mais neste momento em que a reforma agrária está parada no Congresso Nacional”, afirma Cláudio.
O dirigente da Frente diz que o grupo está acampado no Parque da Cidade pelo segundo dia consecutivo, e deve permanecer no local até o próximo domingo (18/7) para analisar as respostas dos pedidos. “Aqui tem gente de Samambaia Sul, Recanto das Emas, Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina, e do Paranoá. Uma comitiva nossa vai amanhã para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) exigir os nossos direitos também”, acrescenta o representante da FNL.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) fez a escolta dos manifestantes até o acampamento, no Parque da Cidade. O grupo também protestou em frente ao Palácio do Buriti, na tarde desta quarta-feira (14/7). Uma reunião ficou marcada para a próxima quarta-feira (21/7) na sede da Seagri, na Asa Norte, onde estarão presentes representantes da Terracap e uma comissão da FNL.
Saiba Mais
Em nota, a Terracap informa que recebeu, na tarde desta quarta-feira, quatro representantes da FNL com pautas relativas à regularização de assentamentos e acampamentos. "A diretoria jurídica e a Coordenação de Terras da empresa ouviram os pleitos e se comprometeram a levar os pedidos à Seagri, para discussão conjunta", explicou a assessoria de imprensa do órgão.
A Seagri também foi procurada pelo Correio para se posicionar sobre o ofício enviado pela Frente Nacional de Lutas. Até a última atualização desta reportagem, a pasta não havia se manifestado.