O Ministério da Saúde confirmou o envio de 250 mil doses extras. A disponibilização dos imunizantes encaminhados à capital atende a um pedido do governador Ibaneis Rocha (MDB) e do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, para compensar as aplicações feitas em moradores de outros estados. A primeira remessa, com 50 mil unidades, deve chegar nesta sexta-feira. O ministério não informou quando serão enviadas os demais lotes. Com a expectativa de mais envios, o Executivo local estuda a possibilidade de vacinar moradores da capital na faixa dos 30 anos.
Em publicação na conta oficial do Twitter, o governador Ibaneis Rocha postou uma mensagem sobre a taxa de pessoas que vivem em outros locais e se vacinaram na capital federal. “Vocês sabem que a situação do DF é muito peculiar, não apenas aplicamos 16% das doses em moradores de outros estados, como também estávamos, sistematicamente, recebendo uma quantidade de doses aquém da necessidade da nossa população.”
Para garantir a volta às aulas presenciais, prevista para 2 de agosto, os professores que atuam na rede pública do DF e receberam a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca, serão os primeiros a terem a aplicação do reforço antecipado. Segundo o GDF, a partir da próxima semana, esse grupo poderá receber a D2 um mês antes do esperado. O prazo definido entre as aplicações é de três meses, mas o intervalo caiu para 60 dias.
A Secretaria de Saúde imunizou 9.548 pessoas com a D1; 4.309 com a D2; e 1.522 com a dose única, da Janssen, ontem. Ao todo o DF soma 1.091.184 de moradores que receberam a primeira aplicação; 372.735 tomaram o reforço; e 35.251, a dose única. O percentual das pessoas entre 70 e 74 anos vacinadas com a segunda dose chegou a 100%, segundo a SES-DF.
9,4 mil vítimas
O Distrito Federal registrou, ontem, 18 mortes por complicações da covid-19. O total de óbitos chegou a 9,4 mil. A Secretaria de Saúde registrou 419 casos, totalizando 438,8 mil diagnósticos positivos na capital. Desses, 422 mil se recuperaram. A taxa de transmissão da covid-19 no DF está em 0,92. Desta forma, 100 pessoas podem passar a doença para outras 92. O número está dentro da normalidade aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza a taxa abaixo de 1 para controle da crise sanitária. A média móvel de mortes é de 12,67, menor 18,7% em relação a 14 dias atrás. A mediana de casos está em 576,67, redução de 17,5% no mesmo período analisado.
A lista de espera por um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) está com 84 pacientes. Desses, oito estão com suspeita ou confirmação de covid-19. A taxa de ocupação de leitos de UTI covid-19 da rede pública está em 74%. Dos 422, 49 estão vagos. Nos hospitais privados, a taxa registrada, ontem, era de 79%. Havia 41 equipamentos disponíveis.