Diante da paralisação de consultas médicas e do tratamento oncológico de pacientes com câncer no Hospital de Base, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Defensoria Pública do DF (DPDF) ingressaram com uma ação civil pública em que pedem à Justiça local que obrigue o Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) e o Governo do Distrito Federal a restabelecerem os serviços.
A suspensão dos tratamentos começou por conta da falta de quatro medicamentos básicos, que são usados nas sessões de quimioterapia. Por isso, os órgãos querem que os estoques sejam normalizados em até 10 dias.
Além dos remédios, estão em falta outros insumos essenciais, como agulhas, cateteres e luvas. Para esses itens, o MPDFT e a Defensoria querem que o Iges assegure um abastecimento para pelo menos três meses e que se faça um planejamentos de compras e reposição.
Com esse cenário, segundo o MPDFT, entre 1º e 9 de julho, o tratamento de 182 pacientes com câncer foi cancelado. O problema já se arrasta desde de setembro do ano passado, o que prejudicou também a marcação da primeira consulta para quem precisa dar início ao tratamento: em 5 de julho, 345 pacientes esperavam na fila. Nesse caso, o órgão quer que as consultas recomecem em até 15 dias.
Outro pedido à Justiça é que, para dar conta da demanda represada, seja realizadas quimioterapias também no turno noturno, dentro de 30 dias. Em um acordo firmado em 28 de junho, o GDF se comprometeu a viabilizar a realização de exames, cirurgias e terapias oncológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que ainda não ocorreu.
Procurados, o Iges e a Secretaria de Saúde ainda não se manifestaram sobre o caso. O espaço continua em aberto para manifestações.