Na tarde desta sexta-feira (9/7) um incêndio florestal atingiu cerca de 6,5 hectares do Parque Ecológico Burle Marx, localizado próximo ao Setor Noroeste. A área é equivalente a 9 campos de futebol. Em tentativa de controlar as chamas, a equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) atuou na região por quatro horas e meia.
O CBMDF foi acionado por volta das 14h15 e destinou 4 viaturas, com 18 bombeiros para a região. A causa do incêndio ainda não foi identificada. A região afetada é próxima ao Parque da Água Mineral, às margens da EPIA Norte.
Seca
O inverno é caracterizado por ser uma estação seca na capital do país. Por isso, a orientação do CBMDF é que a população adote cuidados para contribuir na preservação do meio ambiente. Não atear fogo em lixos, nem jogar cigarros na vegetação são exemplos de atitudes simples que fazem a diferença. O sargento da CBMDF, Ocian Cavalcante, destaca que os danos de um incêndio são diversos para a flora e a fauna.
“Todos os anos os bombeiros atuam na operação para prevenir e combater os incêndios. Além dos danos aos animais e à vegetação, o impacto imediato para a população é a emissão de Dióxido de Carbono. Apenas um hectare queimado, se tiver uma fisionomia de campo limpo, gera 25 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera”, destaca.
Além das ações dos bombeiros, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também atua com ações preventivas no Parque Nacional de Brasília. Uma das ações é a chamada queima prescrita, uma técnica utilizada para prevenção de incêndios.
“Consiste no uso do fogo de forma controlada, por técnicos habilitados, para formar aceiros de proteção em áreas estrategicamente escolhidas. As ações preventivas no Parque Nacional de Brasília têm colaborado para evitar a ocorrência de grandes incêndios na Unidade nos últimos 11 anos”, explica em nota.
O ICMBio, este ano, pretende realizar a queima prescrita em 21 lugares do Parque Nacional de Brasília. As ações serão encerradas na próxima semana e não terão continuidade no período da seca. “Já que, nessa época, não é recomendável utilizar o fogo em atividades de prevenção. Enquanto isso, na temporada, serão realizadas rondas diárias, com acompanhamento constante, para tentar reduzir o tempo de resposta, para que o fogo não cresça nas unidades de conservação”, finaliza.