A Operação Nota Fria, que visa combater a sonegação de impostos, apreendeu, ontem, mais de
R$ 50 mil em dinheiro, veículos e armas ilegais. A ação também cumpriu 10 mandados de prisão. Até o momento, oito pessoas foram presas por associação criminosa, falsidade de documentação e lavagem de dinheiro.
De outubro de 2019 a maio de 2021, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) e a Subsecretaria da Receita investigaram empresas que sonegaram Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Foram localizadas cerca de 100 empresas noteiras, que transacionaram mais de R$ 500 milhões em notas fiscais frias. Mais de 300 varejistas e atacadistas de todo o DF se beneficiavam da fraude, o que gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 60 milhões aos cofres públicos.
“Quem não quiser ter o dissabor de ter uma visita da polícia e da receita, que faça espontaneamente. É um recado claro para todos os sonegadores, retifiquem enquanto há tempo. Porque depois, outros crimes serão avaliados”, ressalta o delegado-chefe da DOT, Ricardo Gurgel.
Segundo Ésio de Araújo, subsecretário da Receita, “a criação de empresas noteiras nascem e duram pouco tempo, mas geram volume de créditos e de notas fiscais frias muito grandes, que provocam uma concorrência desleal na capital. É preciso que isso seja corrigido, pois provoca um desequilíbrio muito grande na economia, na arrecadação do DF”.