A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu dez mandados de prisão temporária e 122 de busca e apreensão nesta terça-feira (6/7), após identificar um sofisticado esquema de fraude fiscal. Os crimes eram estruturados por um grupo criminoso que criava empresas noteiras com o objetivo de diminuir o recolhimento de tributos por meio do aumento dos créditos no levantamento do imposto nas empresas destinatárias.
Batizada de Operação Nota Fria, a investigação e apreensões contaram com o apoio da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Economia do DF e com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Cerca de 200 policiais e 100 servidores estão em diligências em escritórios de contabilidade; em empresas beneficiárias do esquema; na residência de contadores; funcionários e empresários; além de algumas empresas de certificação digital.
Prejuízo
No período investigado (outubro de 2019 a maio de 2021), quase uma centena de empresas noteiras foram criadas pelo grupo criminoso, transacionando quase R$ 500 milhões em notas fiscais frias, para 330 empresas destinatárias que se beneficiaram dos créditos de ICMS. Segundo a investigação, o montante ultrapassa R$ 60 milhões de prejuízo aos cofres públicos.