Violência

Painel Interativo de Feminicídios do DF alcança 1 mil acessos em uma semana

Plataforma entrou no ar em 21 de junho e busca aumentar a interação com os diversos segmentos da sociedade e do governo, além de possibilitar a realização de pesquisas qualitativas, como locais de maior incidência do crime e recorte por idade

Lançado há 11 dias, o Painel Interativo de Feminicídios, criado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) com o objetivo de dar mais transparência aos dados relacionados aos feminicídios ocorridos na capital, contabilizou 1 mil acessos. A plataforma entrou no ar em 21 de junho e busca aumentar a interação com os diversos segmentos da sociedade e do governo, além de possibilitar a realização de pesquisas qualitativas, como locais de maior incidência do crime, recorte por idade ou regiões administrativas.

Os dados disponibilizados fazem parte de estudos e análises realizados pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da SSP/DF. O material contempla informações de todos os feminicídios ocorridos no DF, desde a publicação da Lei nº 13.104, em março de 2015. “O painel lançado é muito semelhante ao Painel Covid, utilizado pelo GDF (Governo do Distrito Federal) para divulgação dos dados referentes à pandemia. As informações disponibilizadas poderão subsidiar gestores públicos, o sistema de justiça, acadêmicos, imprensa e a própria população”, avaliou o secretário da SSP-DF, Júlio Danilo.

Segundo o chefe da pasta, com a plataforma, será possível ter maior entendimento de como o crime é cometido e criar políticas públicas de proteção e atendimento para o enfrentamento de violência contra a mulher e ao feminicídio.

Os avanços do painel, de acordo com a coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher e titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Taguatinga, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Luciana Lopes Rocha, é que o feminicídio pode ser um fenômeno evitável, desde que os fatores de risco locais sejam compreendidos. “O estudo vai ao encontro do desenvolvimento de políticas preventivas e em acordo com o artigo 8º da Lei Maria da Penha, que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher por meio de uma conjunto de ações”, frisou a magistrada.