Uma mulher, de 30 anos, supostamente mantida em cárcere privado pelo marido, de 62, em um apartamento da quadra 316 Norte, pediu medida protetiva contra o companheiro com base na Lei Maria da Penha. A solicitação foi feita ontem à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que instaurou inquérito por meio da 2ª DP (Asa Norte).
Inicialmente, a ocorrência foi registrada na 5ª DP (Setor de Grandes Áreas Norte). A central de flagrantes da unidade não constatou elementos objetivos para a prisão do suspeito. O Correio apurou que as partes foram ouvidas e os investigadores ofereceram uma casa abrigo à mulher, mas ela a recusou. Ainda não foi confirmada a hipótese de a mulher sofrer de esquizofrenia. A ocorrência é apurada como cárcere privado e violência contra a mulher.
Na terça-feira, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) recebeu uma ligação da mulher pedindo socorro. A vítima relatou que era mantida em cárcere privado pelo companheiro. Ao chegarem ao apartamento, por volta das 22h30, os policiais bateram na porta da residência, mas nenhum dos dois abriu. Depois de algumas tentativas, um papel foi jogado por baixo da porta. Na mensagem, a mulher escreveu: “Estou trancada! Aqui está cheio de arma! Hoje já houve agressão! Ele tem problemas psiquiátricos também!”.
Prisão
Com a gravidade da situação, um policial negociador do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado. Mas, minutos depois, um homem apareceu na porta e alegou que estava tudo bem. Mesmo assim, os policiais entraram na casa e detiveram o idoso.
Segundo a ocorrência da Polícia Militar, a mulher estava no sofá e indicou onde o homem mantinha várias armas que, segundo ela, eram usadas para ameaçá-la, caso tentasse sair ou entrar em contato com alguém. A equipe apreendeu simulacros de armas de fogo e airsoft.