A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) promove, na segunda-feira (26/7), um debate com o tema O protagonismo da mulher advogada negra e as novas perspectivas da advocacia. O evento ocorre por ocasião de 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana, Afro-Caribenha e da Diáspora.
A transmissão começa às 19h, no canal oficial do YouTube da OAB-DF. Programação terá como mediadores Issa Victor Wendmangde Nana, integrante da Comissão de Igualdade Racial da instituição, e Moisés dos Santos Brandão, presidente do comitê.
Para a diretora de Igualdade Racial e Social da OAB-DF, Josefina Serra dos Santos, o combate ao racismo é essencial: "A população precisa se unir. Queremos alcançar outras classes. É preciso entender que a luta não é só nossa. Essa discussão é muito importante".
O dia 25 de julho tem uma importância histórica, segundo a advogada Fernanda Tercetti, secretária-geral da Comissão de Igualdade Racial. "O Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana, Afro-Caribenha e da Diáspora é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1992, após o primeiro Encontro de Mulheres Negras, Latinas e Caribenhas, em Santo Domingo, capital da República Dominicana. Esse evento contou com a presença de participantes de 32 países, reunidas com objetivo de pensar e discutir formas de combater as desigualdades e as discriminações raciais, sexistas e de gênero sofridas pelas negras, latinas e caribenhas", explica.
No Brasil, a data inspirou a Lei nº 12.987/2014, que instituiu o Dia Nacional da Mulher Negra e o Dia Nacional de Tereza de Benguela. "No tempo dela, ficou conhecida como Rainha Tereza, por ter liderado o Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso, após a morte do companheiro dela, José Piolho, assassinado por soldados", afirma Fernanda.
"A comunidade negra e indígena de lá tinha mais de 100 pessoas. O quilombo resistiu de 1730 até o fim daquele século. Teresa comandava as estruturas políticas, econômicas e administrativas, contando com um sistema de defesa e uma espécie de parlamento que discutia e definia regras de convivência, estratégias de luta, resistência e de sobrevivência da comunidade. Ela é o símbolo histórico da luta e da liderança da mulher negra no Brasil", completa advogada.
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