A Polícia Civil procura por mais vítimas de um homem que divulgava fotos e vídeos íntimos de mulheres com quem se relacionava pelo WhatsApp. Após a denúncia do caso por uma das vítimas, na manhã desta quarta-feira (21/7), agentes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM I) cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa dele.
Na residência, os policiais recolheram o computador, o celular e um pen-drive do homem apontado como autor dos crimes. Os objetos foram encaminhados ao Instituto de Criminalística da PCDF, onde vão passar por perícia.
"Esse material apreendido hoje foi encaminhado para a perícia para fazer o levantamento se o autor já apagou fotos e filmagens de outras vítimas", explicou o delegado Thiago Hexsel. "A polícia continua investigando a prática de outros crimes por parte desse mesmo autor, pois ele próprio fala que filmou e tirou fotos de outras vítimas", complementou.
No entanto, como não foi pego em flagrante, o homem vai responder ao processo em liberdade. "Inclusive, ele falou que em outras situações, com outras mulheres, ele também filmava, tirava fotos e divulgava em grupos de WhatsApp sob o argumento de achar que isso não era crime", destacou Hexsel. Contudo, ele caiu em contradição, pois essa não foi a primeira vez em que o acusado responde por esse tipo de crime.
Segundo as investigações, ele se envolvia em relacionamentos curtos com as vítimas, fazia fotos e vídeos do momentos íntimos e compartilhava tudo em grupos de mensagem. A conduta é tipificada como crime pelo Código Penal.
O artigo 218 descreve como crime a prática de oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, fotos e vídeos com cenas de nudez, sexo ou pornografia sem o consentimento da vítima.
Diante dos relatos, do material recolhido e da confissão do autor, a polícia decidiu indiciá-lo. Com isso, ele deixa de ser apenas suspeito e passa a ser investigado enquanto o autor mais provável do crime, pelo qual vai responder na justiça. Se for condenado, pode pegar de uma a cinco anos de prisão.
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