Controle

Saúde define esporotricose como doença de notificação compulsória

A partir de agora, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde, seja no âmbito público, privado, universitário ou filantrópico, incluindo os serviços veterinários

Ana Maria da Slva
postado em 13/07/2021 11:49 / atualizado em 13/07/2021 11:51
A decisão veio após um aumento de casos da doença no DF -  (crédito: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A. Press)
A decisão veio após um aumento de casos da doença no DF - (crédito: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A. Press)

O secretário de saúde, Osnei Okumoto, estabeleceu a esporotricose como doença de notificação compulsória no âmbito do Distrito Federal. A partir de agora, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde, seja no âmbito público, privado, universitário ou filantrópico, incluindo os serviços veterinários. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta terça-feira (13/7), e visa mapear os casos da doença e traçar diretrizes de políticas públicas que levem à redução do número de casos na capital federal.

A notificação dos casos de esporotricose deve ser realizada em até sete dias, a partir da suspeita da ocorrência da doença pelo profissional de saúde. Além disso, devem ser inseridas no Sinan Net, sistema que coleta, transmite e dissemina dados gerados rotineiramente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica. Além disso, deverá ser constituído o Grupo de Trabalho de Esporotricose (GT- Esporotricose) para a elaboração do Sistema de Vigilância e Controle de Esporotricose do DF.

Segundo o texto, a decisão surgiu do aumento dos casos em diferentes regiões e a ocorrência de surtos por transmissão zoonótica, observados no país. A decisão servirá para “estabelecer um sistema oficial e a padronização dos procedimentos para coleta dos dados relativos à esporotricose no âmbito distrital, a fim de garantir o conhecimento da situação epidemiológica da doença e a adoção das medidas necessárias para o diagnóstico e manejo adequado dos casos humanos e em animais”.

Saiba Mais

A esporotricose é uma micose causada pelo fungo da espécie Sporothrix schenckii, que habita a natureza e está presente no solo, palha, vegetais, espinhos e madeira. A doença, até o final da década de 1990, era comum em jardineiros, agricultores ou pessoas que tivessem contato com plantas e solo em ambientes naturais onde o fungo pudesse estar presente em materiais orgânicos.

A transmissão ocorre pelo contato do fungo com a pele ou mucosa por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo mais comum no gato. Só se contrai a doença pelo contato com meios ou animais contaminados, não havendo transmissão de pessoa para pessoa.

Os sintomas variam de acordo com a forma com que a doença se manifesta, ou seja, se ela é cutânea (afeta a pele) ou extracutânea (afeta órgãos internos), e aparecem após a contaminação da pele pelo fungo provocando o desenvolvimento de uma lesão inicial, muito similar a uma picada de inseto.

*Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação