Com expectativa de ter a população acima de 18 anos vacinada contra a covid-19 em setembro deste ano, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente (MDB), afirmou ao jornalista Alexandre de Paula, no programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — que a Secretaria de Saúde (SES) poderia criar um cronograma de vacinação por idade no DF.
“Esperamos que seja o semestre da vacinação, que o Ministério da Saúde cumpra o que prometeu para o todo Brasil, de até o mês de setembro, ter vacinado toda a população acima de 18 anos”, declarou.
Prudente também destacou os principais projetos de lei (PLs) aprovados no primeiro semestre, como o auxílio emergencial para taxistas e motoristas de transporte de turismo e escolar, e projetou os assuntos para o segundo semestre, ainda com foco na retomada econômica e no retorno das aulas na rede pública do DF. Confira a entrevista com o distrital:
Em relação a Goiás e outros estados, por que o DF está atrás na vacinação da população por idade contra a covid-19?
Esperamos que seja o semestre da vacinação, que o Ministério da Saúde cumpra o que prometeu para o todo Brasil, de até o mês de setembro, ter vacinado toda a população acima de 18 anos. Brasília teve uma estratégia diferente, guardando e garantindo a segunda dose para todas as pessoas. Em segundo lugar, fez várias concessões para poder vacinar diversas categorias da linha de frente. Isso atrasou não o número de vacinados, mas, sim, a questão da idade. Acho que a gente poderia, sim, estar um pouco mais avançado, já que o fornecimento de doses tem sido constante do Ministério da Saúde, podendo fazer uma previsibilidade melhor. Acho que a Secretaria de Saúde tem condições de fazer um cronograma de vacinação para acabar com esse problema de vez.
Destaque as principais ações da CLDF voltadas ao combate da pandemia no primeiro semestre?
Só nesse primeiro semestre, fizemos a apreciação de mais de 400 proposituras. Isso porque precisamos mudar uma série de legislações, criar auxílios, votar créditos, mudando e ajustando o orçamento para que a gente possa dar condições ao governo de cumprir a sua missão. Então, por exemplo, votamos uma legislação para criar o auxílio dos taxistas, um para dar auxílio emergencial ao pessoal do transporte de turismo e escolar. Recentemente, votamos a redução de ISS de 5% para 2% para clínicas estéticas, cabeleireiros. Fora isso, a isenção de ICMS, IPTU e de IPVA para que a gente possa salvar um número máximo de CNPJs.
Além dos temas relacionados à covid-19, quais os principais projetos de lei que o senhor pode destacar nesse primeiro semestre?
Nós aprovamos um pacote robusto, no passado, de investimento para a cidade. Depois da aprovação do Refis, o governo conseguiu negociar R$ 3 bilhões, quase R$ 1 bilhão está na conta do GDF para poder fazer investimento. Teve a renovação do Refis, que aprovamos nesse ano, e venda da CEB, que os recebíveis estão sendo revertidos em investimentos no Distrito Federal. É um dos estados que mais investe proporcionalmente em todo o país. Primeiro, foi darmos condições nesses investimentos para remar contra a pandemia, e esses investimentos estimularem os empresários. Também aprovamos a Universidade do DF (UnDF), que era um grande sonho de muita gente. Brasília é uma das únicas unidades da Federação sem a sua universidade. Espero que até semana que vem o governador possa sancionar a legislação e colocar a universidade para funcionar, com os alunos neste segundo semestre.
Quais assuntos devem ser os destaques no segundo semestre da CLDF?
Esperamos ter um segundo semestre (ainda) com uma retomada da economia e geração de empregos. Tem um projeto do governo, por meio da Secretaria de Trabalho, em que já foram contratados 3 mil jovens junto ao Renova DF, onde se ganha trabalho, eficiência e capacitação profissional. Esperamos, também, agora no dia 2 de agosto, que os alunos possam retornar às nossas escolas, para ter aula, uma alimentação digna dentro das escolas e não perderem mais tempo de ensino.
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