Pandemia

UBS 1 de Taguatinga oferece atendimento para pacientes com síndrome pós-covid

Equipe multidisciplinar atua para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que, mesmo após se recuperarem da infecção pelo Sars-CoV-2, continuam com sequelas da covid-19

Correio Braziliense
postado em 07/07/2021 00:04 / atualizado em 07/07/2021 00:04
 (crédito: MARTIN BUREAU / AFP)
(crédito: MARTIN BUREAU / AFP)

As pessoas infectadas pelo novo coronavírus, mesmo após se recuperarem da fase sintomática da doença, podem sofrer com algumas sequelas da covid-19. Entre eles, os sintomas mais relatados são fraqueza muscular, fadiga, alterações cognitivas, problemas de memória, perda de olfato e paladar. Esses quadros são chamados de covid-19 longa ou síndrome pós-covid. Por isso, a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf), da unidade básica de saúde (UBS) 1 de Taguatinga, montou um grupo de auxílio para ajudar na recuperação dos pacientes.

De acordo com a fonoaudióloga do Núcleo e uma das integrantes do projeto, Suzy Mashuda, o trabalho de acompanhamento e telemonitoramento dos infectados possibilitou que os profissionais colhessem informações, inclusive, das sequelas que persistem após a fase de sintomas da covid-19.

O grupo é formado por fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos e fonoaudiólogos, e conta com o apoio da equipe médica da UBS e de uma psicóloga do Nasf da UBS de Vicente Pires, que orienta o acolhimento em saúde mental. Além deles, residentes multiprofissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde (Fepecs) participam do projeto.

Os pacientes são acompanhados durante cinco semanas em sessões em grupos e, caso necessário, recebem atendimentos individuais. Suzy explica que a primeira intervenção é em grupo e feita em conjunto com a equipe médica. Nesse momento, os profissionais de cada área fazem perguntas e procuram identificar as demandas que irão direcionar os próximos encontros.

A segunda sessão foca em trabalhar as questões emocionais causadas pela pandemia. Suzy destaca que muitos perderam seus empregos e, devido às sequelas, algumas tarefas rotineiras se tornam complicadas de serem realizadas. Após esse apoio, os pacientes recebem atendimento de fisioterapia, fonoaudiologia, farmácia, serviço social e nutrição, de acordo com a necessidade de cada um.

O grupo realiza as atividades ao ar livre, em tendas montadas do lado de fora da UBS. As sessões ocorrem às quartas-feiras pela manhã. Como complemento, os pacientes recebem auriculoterapia. Iraquitania Barbosa, gerente da UBS 1, ressalta que o serviço amplia a oferta no cuidado dos pacientes e fortalece o apoio às Estratégias Saúde da Família (ESFs).

Como participar?

Suzy esclarece que o destaque do projeto é devido a equipe não se focar apenas “na reabilitação física e/ou cognitiva”. “Temos um olhar além, que passa pelo cuidado farmacêutico, da reinserção social, da parte nutricional, de hábitos saudáveis e das questões mentais e cognitivas”, complementa.

O serviço começou em maio de 2021. Até o momento, dois grupos foram criados e a previsão é iniciar o terceiro atendimento em agosto. Devido a pandemia, o projeto é reduzido em, no máximo, cinco pessoas por grupo.

É possível receber o acompanhamento tanto os pacientes que procuram por vontade própria a UBS como aqueles que são acolhidos pelo Nasf. Ao todo, são sete equipes de Estratégias Saúde da Família e uma do Nasf.

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