Em homenagem simbólica aos 14 profissionais da educação que perderam suas vidas no exercício da profissão, o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF) organizou uma ação na manhã desta terça-feira (29/6), durante a vacinação da covid-19 do grupo. Foram 14 balões brancos lançados ao ar (veja abaixo) com os nomes dos respectivos educadores falecidos.
O ato foi feito em todos os postos de saúde que têm vacinado os profissionais como forma de conscientização. “É uma forma da gente homenagear esses 14 colegas e, ao mesmo tempo, dizer também aos professores a importância de se vacinarem”, afirmou Rodrigo de Paula, diretor jurídicos do Sinpro-DF.
De acordo com o diretor, na semana passada, mais de mil profissionais faltaram na vacinação das creches.”Estamos tentando identificar o motivo, mas, ao mesmo tempo, estamos querendo conscientizar os professores da importância desse momento único, a vida não tem segunda chance para covid-19”, ressaltou Rodrigo.
O deputado distrital Jorge Vianna (PODEMOS) ressaltou a importância dos atos de conscientização. “Não podemos esquecer do meio milhão de pessoas que morreram por conta do coronavírus. É um ato simbólico que homenageia e faz com que a gente faça uma reflexão de tudo o que está acontecendo. Serve pra gente não considerar normal as vidas perdidas que poderiam ser salvas, pelo menos grande parte dela”, reforça.
Escolas privadas
A imunização do grupo começou nesta terça-feira (29/6), e a estimativa da Secretaria de Saúde do DF é distribuir 8 mil doses para os profissionais. Entre as vacinas distribuídas estão Coronavac e Pfizer/BioNtech. Na UBS 1, no Guará, a professora da educação infantil Glenda Esther Ferreira da Silva, 25 anos, recebeu a primeira dose do imunizante. “A gente voltou desde o ano passado, e com muito medo. Eu peguei, minha família, todos nós. Agora, que estamos podendo vacinar, é muito emocionante”, frisa.
Ansiosa pela primeira dose, Glenda acredita que o imunizante traz mais segurança para os profissionais. “Agora podemos trabalhar com um pouco mais de segurança. Tanto para as crianças quanto para a gente. Eu trabalho com crianças muito pequenas, de dois anos. Elas não utilizam máscaras. Então tem que tomar muito cuidado”, completa a professora. Na UBS 1, o movimento estava tranquilo, assim como no estacionamento 13, do Parque da Cidade, apesar das longas filas de espera.
A auxiliar de professora Maria Wiliane da Silva Ferreira, 21, aguardou durante duas horas e meia a oportunidade de ser imunizada. Ela conta que a primeira dose representou um grande alívio para a família. “Desde quando saiu a vacina eu fiquei muito empolgada, porque finalmente vi uma esperança. Como a gente trabalha com crianças, elas não têm muita noção de usar máscara, higienização das mãos. E mesmo que falemos sempre, acaba não tendo muito cuidado. Mas receber a vacina por algo que eu gosto de fazer, é muito gratificante”, completa.