INVESTIGAÇÃO

Acusados de cometer dois feminicídios em Sobradinho foram colegas de trabalho

Leandro de Barros, acusado de matar a psicóloga Melissa Mazzarello na quinta-feira (17/6), foi chefe de Osmar de Sousa Silva, suspeito de assassinar Thaís da Silva Campos quatro dias depois

Os dois homens acusados de cometer dois feminicídios em Sobradinho em menos de quatro dias foram colegas de trabalho. O especialista em tecnologia da informação Leandro de Barros Soares, 41 anos, acusado de matar por asfixia a psicóloga Melissa Mazzarello, 41, foi chefe de Osmar de Sousa Silva, 36. Osmar é acusado de matar a ex-companheira e cirurgiã-dentista Thaís da Silva Campos, 27, nessa segunda-feira (21/6).

O delegado-chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, disse ao Correio que investiga a proximidade entre Leandro e Osmar. "O autor do feminicídio de quinta-feira (17/6), que vitimou Melissa, havia sido chefe de Osmar há algum tempo", disse o investigador.

O crime que vitimou Melissa Mazzarello ocorreu na quinta-feira (17/6), na Quadra 7 de Sobradinho 1. Ela foi morta por asfixia durante a manhã. Por volta das 9h, Leandro esganou a companheira no banheiro da casa deles, após uma discussão. A vítima ficou caída ao lado da cama. Em seguida, ele deixou o local e trancou o imóvel. À tarde, Leandro se apresentou à polícia.

Ele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames e, depois, foi preso. Em 23 de setembro, Melissa havia pedido medidas protetivas contra o marido, na 30ª DP (São Sebastião). A vítima contou que foi agredida verbalmente e fisicamente. Com o histórico recorrente de violência doméstica, ela requereu que Leandro fosse afastado de casa e proibido de manter contato com ela. No entanto, os dois reataram o relacionamento recentemente.

No domingo (20/6), Osmar matou a ex-mulher a tiros, por volta das 18h35, na Quadra 14 de Sobradinho 1. Ele só foi preso por volta das 17h30 dessa segunda-feira (21/6), pouco antes de se entregar, acompanhado por um advogado, na 31ª DP (Planaltina).

O acusado atuou como colaborador terceirizado da área de tecnologia no Tribunal de Contas da União (TCU) até agosto de 2020, quando teve o contrato encerrado. Ele também tinha passagem pela polícia por descumprimento à Lei Maria da Penha, em 2016, segundo o delegado Hudson Maldonado.

Onde pedir ajuda?

Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Telefone: 180 (disque-denúncia)

Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
» De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
» Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
» Entrequadra 204/205 Sul e Praça da Estrela, em Ceilândia
(61) 3207-6172

Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
Telefone: 100

Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350

 

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