O julgamento de Marinésio Olinto pelo feminicídio da advogada Letícia Curado começou às 9h manhã desta segunda-feira (21/6). A definição pela culpa ou absolvição do réu pelo homicídio quintuplamente qualificado será proferida pelo Tribunal do Juri de Planaltina.
Por se tratar de violência contra a mulher, o caso tramita em segredo de justiça e, por isso, a sessão de julgamento será restrita. A representante do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) será a promotora Nathália da Silva. A previsão é de que a sentença seja determinada no fim da tarde.
Relembre o caso
Em 23 de agosto de 2019, a advogada Letícia Curado esperava o ônibus em uma parada entre o Vale do Amanhecer e a DF-230, em Planaltina. Ela estava a caminho do trabalho, no Ministério da Educação (MEC), órgão no qual era servidora.
Contudo, ela não chegaria ao destino: Marinésio passou de carro pela parada e ofereceu uma carona à jovem. Dentro do veículo, ele tentou estuprá-la, mas Letícia reagiu. Diante da reação, o homem a estrangulou e ela morreu asfixiada. Letícia deixa o marido e um filho, hoje com cinco anos.
Em seguida, Marinésio escondeu o corpo da vítima dentro de uma manilha e roubou pertences como uma necessaire, um relógio e um pendrive. Os objetos foram encontrados dentro do automóvel quando ele foi preso em flagrante.
Por isso, além do homicídio, ele também responde pelos crimes de tentativa de estupro, furto e ocultação de cadáver. À polícia, ele confessou que já conhecia Letícia, pois pegou o mesmo ônibus que ela para o Plano Piloto em outra ocasião, e deu detalhes do assassinato.
Outras condenações
Esse não foi o único crime de Marinésio. Quando o caso do assassinato de Letícia Curado veio à tona, outra vítima reconheceu o homem e o denunciou por estupro. Segundo o relato da mulher, que, na época, abril de 2019, tinha 17 anos, ela foi violentada após ser coagida a entrar no carro de Marinésio, no Paranoá.
Por esse crime ele já foi condenado a 10 anos de prisão. Contra ele, ainda há a denúncia do homicídio de outra mulher, Genir Pereira de Sousa, em Planaltina, e pelo menos outros três estupros.