Antes das 7h desta terça-feira (15/6), um caminhoneiro disse ter avistado um homem suspeito atravessar correndo a BR 070. Depois da denúncia, os policiais focaram as buscas em um ponto antes da base de operações no posto de gasolina de Edilândia (GO).
Durante todo o trajeto entre Edilândia e Girassol, agentes da polícia realizaram vistorias, inclusive dentro da cidade de Girassol (GO).
Cleonice Roberta de Sousa, 59 anos, mora às margens da BR 070, um dos pontos em que a polícia concentra as buscas. Moradora há 50 anos da região, ela relata que nunca vivenciou algo parecido.
"Estamos com muito medo, de noite trancamos tudo. Eu durmo com a foice e o facão de lado. A gente tem uma lanterna que usamos, que ilumina bastante. Mas o medo não passa. Se ele continuar por aqui, essa tarde eu vou para Brasília e só volto quando ele for pego", garante.
Buscas
As buscas pelo suspeito escondido na mata se estendem há seis dias e continuam nesta terça-feira (15/6). Na noite de segunda-feira (14/6), Lázaro Barbosa trocou tiros com o caseiro de uma das fazendas da região, onde parou para pedir um prato de comida. O homem informou à polícia sobre a abordagem. Dessa vez, ninguém foi feito refém. Lázaro conseguiu fugir mais uma vez na madrugada.
Entenda o caso
Na última semana, Lázaro Barbosa matou uma família em uma chácara em Ceilândia Norte. Nos dias seguintes, passou a invadir propriedades e fazer pessoas reféns, além de atirar em três vítimas.
A chacina de Ceilândia ocorreu na madrugada de quarta-feira (9/6). Segundo a polícia, Lázaro é suspeito de ter invadido a casa da família e matado, a tiros e facadas, o empresário Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos, Gustavo e Carlos Eduardo Marques Vidal, 21, e 15 anos, respectivamente. Na fuga, ele levou a mulher de Cláudio e mãe dos jovens, a empresária Cleonice Marques, 43.
Minutos antes da entrada do criminoso, Cleonice pediu socorro ao irmão, por telefone. Quando ele chegou, os sobrinhos estavam mortos e o cunhado, agonizando, avisou que o criminoso tinha levado a mulher dele. Dois dias depois do crime, o corpo de Cleonice foi encontrado em um córrego próximo à BR 0-70.