Paz, equilíbrio e política
Longe dos salões do Congresso, dos compromissos em gabinetes e dos problemas que lhe tiraram o sono ao longo de quatro anos, o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) vive uma rotina tranquila, entre vacas, bezerros e cavalos, acordando às 4h para tomar leite tirado na hora, em sua Fazenda Vereda, em Luziânia. Com a vida na área rural, onde não existe ansiedade, perdeu 6 kg. Está também preservado da pandemia, distante de aglomerações e da conversa ao pé do ouvido. Mas Rollemberg mantém sempre um pensamento: a política. Tem conversado com políticos, empresários e amigos com o propósito de montar uma chapa de centro-esquerda para concorrer ao Palácio do Buriti. Rollemberg não será candidato ao governo. Atendendo ao partido, concorrerá a um mandato de deputado federal.
Herança de R$ 8 bilhões
Em balanço sobre dois anos e meio do atual governo, o secretário de Economia, André Clemente, disse ontem que o governador Ibaneis Rocha (MDB) herdou uma dívida de R$ 8 bilhões da administração Rollemberg. Mas a crise, segundo ele, foi equacionada e, nesse período, não houve atrasos de salários. “Havia uma herança muito ruim, uma herança que assustava. Fizemos o levantamento dessa dívida — era algo em torno de R$ 8 bilhões — e conseguimos identificar as prioridades, fazer o pagamento de fornecedores e da folha de pagamento naquilo que estava atrasado”, afirmou Clemente.
À vontade no núcleo bolsonarista
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, sempre foi um discípulo do presidente Bolsonaro. Delegado da Polícia Federal, ele chegou ao governo Ibaneis Rocha em janeiro de 2019 como secretário de Segurança Pública pela proximidade com os filhos do presidente, especialmente Flávio e Eduardo Bolsonaro, depois de ser preterido por Sergio Moro para a direção-geral da Polícia Federal. No governo Bolsonaro, Torres está em casa. Agora sem Moro e como chefe do chefe da PF. Nesta semana, recebeu uma condecoração do presidente, em solenidade no Ministério da Defesa.
Vacina para o fiscal da pandemia
O procurador de Justiça José Eduardo Sabo Paes, coordenador da força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que fiscaliza as ações de combate à pandemia, tomou ontem a primeira dose da vacina contra a doença. Foi em um posto de saúde no Guará. Trabalhando na linha de frente do combate à doença, Sabo recebeu ofertas da Secretaria de Saúde para se vacinar. Ele anda pelo DF em vistorias a hospitais, centros de saúde e postos de vacinação. Mas esperou a sua vez. Aos 58 anos, recebeu a primeira dose pela idade.
PM de luto
Os oficiais da Polícia Militar, na reserva e ativa, estão de luto. Será enterrado hoje no Cemitério Campo da Esperança o Coronel João Sereno Firmo. Ele morreu ontem aos 85 anos, de paralisia supranuclear progressiva (PSP). Era um pioneiro. Chegou a Brasília em 1957. Foi chefe do gabinete militar do governo de José Aparecido, entre 1985 e 1988, chefe de Estado Maior, fundador da guarda especial de Brasília e professor da Academia da Polícia Militar até 2019.
Prós e contras
A volta do deputado distrital Fernando Fernandes à administração regional de Ceilândia não repercutiu bem dentro do Pros, seu atual partido. Tanto que logo que soube da notícia, o presidente regional do Pros, Virgílio Neto, decidiu reunir a executiva local. Será na próxima segunda-feira. A saída de Fernandes do partido já estava programada até o final do ano, mas a notícia da nomeação do deputado pode precipitar os fatos. Guarda Jânio, que assume o lugar do titular na Câmara Legislativa, também é do Pros e deverá ser chamado a conversar sobre sua permanência na legenda. O novo distrital jurou lealdade ao governador Ibaneis Rocha (MDB), mas não teve o aval do partido.
Recadastramento dos advogados
Os associados da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF) deverão passar por um recadastramento neste ano, se quiserem votar nas próximas eleições da entidade. A Ordem se prepara para a sua primeira disputa digital, promessa de campanha feita pelo atual presidente, Délio Lins e Silva Júnior, que reduz as famosas boca de urna e engarrafamentos na cidade no dia da votação. Em breve, uma campanha de recadastramento será lançada para sensibilizar os associados.
Só papos
“Essas 15.670.754 de vidas têm Cloroquina, Hidroxicloroquina, Azitromicina, Annitta, Ivermectina, que começaram com elas, e vitaminas. Hoje tem 16, 17 drogas reposicionadas que foram responsáveis por essas 15 milhões de vidas salvas”
Senador Luís Carlos Heinze (PP-RS)
“Desses 15 milhões, quantos passaram por sofrimentos evitáveis? Quantas pessoas desses 15 milhões ficaram com sequelas que a gente não sabe nem por quanto tempo vão ficar. Então dizer que nós temos que comemorar 15 milhões de curados é lembrar também que essas pessoas foram acometidas por uma doença que traz dor, que traz sofrimento e que traz sequelas”
Cientista Natália Pasternak, ao prestar depoimento na CPI da Covid