Policiais buscam por um homem suspeito de manter refém uma mulher em chácara próximo ao local onde a empresária Cleonice Marques, 43 anos, foi sequestrada, em Ceilândia Norte. Armado, o criminoso invadiu a casa da vítima e a ameaçou com arma de fogo. O Correio acompanhou o trabalho policial e conversou com a refém, Silvia Campos de Oliveira, 40 anos.
Não se sabe, no entanto, se o homem que a manteve refém é o mesmo que sequestrou Cleonice e matou Cláudio e os dois filhos. Por foto, a dona da chácara conseguiu identificá-lo. "Os olhos parecem. Ele entrou com roupa camuflada, roubou dinheiro, mais de R$ 200, e um casaco preto. Disse para nós que matou mesmo as vítimas da outra chácara", relatou, abalada.
Silvana disse ainda que o rapaz falou que era carroceiro e pediu comida, pois estava com muita fome. "Vocês estão acompanhando a notícia né. Aquele crime lá eu tava junto, mas não fui só eu", disse também o suspeito, segundo a vítima. Ainda de acordo com a mulher feita refém, o criminoso dizia frases desconexas, como "se matarem minha filha, eu vou matar todo mundo da região".
Possível sequestro
A empresária Cleonice Marques ainda não foi encontrada pela Polícia Civil. As diligências no local do crime estão em andamento, e uma das linhas de investigação é de que ela pode ter sido sequestrada pelos criminosos. O caso é conduzido pela 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) e a Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS) também atua na investigação.
O marido da mulher, de 48 anos, e os dois filhos do casal, de 21 e 15 anos, foram encontrados mortos a golpes de faca e tiros pela Polícia Militar.