Greve dos rodoviários deixa vários brasilienses sem transporte público na manhã desta segunda-feira (7/6). Paralisação afeta as linhas da empresa Marechal que atende as regiões de Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas, Águas Claras, Guará, Gama e Santa Maria. De acordo com o sindicato dos rodoviários, 465 ônibus não vão circular pelas ruas do Distrito Federal devido a greve.
A paralisação iniciou no último sábado (5/6). Os rodoviários reivindicam o pagamento de horas extras e ticket refeição. Segundo a Marechal, o valor não foi pago devido ao atraso de repasse dos recursos do Complemento Tarifário pelo Governo do Distrito Federal referentes a segunda quinzena de maio.
"Infelizmente o atraso desse recurso impossibilitou o crédito do tíquete refeição e das horas extras, a empresa lamenta mais uma vez esse fato. Esperamos que o repasse seja realizado com a maior brevidade possível, para que seja possível efetivar esses créditos", afirmou a empresa em nota.
No entanto, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informou que os repasses às concessionárias do transporte coletivo estão em dia e que o pagamento de salários e benefícios aos rodoviários é de responsabilidade da própria empresa que conta também com outros recursos para o cumprimento dessas obrigações.
A pasta ressaltou que está acompanhando a situação da paralisação da empresa Marechal e, com isso, determinou às demais operadoras do sistema que reforcem as viagens das linhas nas áreas afetadas. Estão sendo reforçadas as linhas de Samambaia, Ceilândia, Taguatinga e Águas Claras em direção ao Plano Piloto, além das viagens para o Guará I, II e parte do Park Way.
"Os técnicos da secretaria estão monitorando o sistema e orientando as concessionárias para que ofereçam mais viagens nas linhas e horários mais demandados. Cabe informar ainda que serão aplicadas as devidas penalidades pelo não cumprimento das tabelas horárias programadas", destacou a Semob.
De acordo com o sindicato dos rodoviários, não há previsão para o término da greve. "A empresa não abriu diálogo com os trabalhadores sobre o pagamento do tíquete e das horas extras e do feriado. Isso é uma falta de respeito com quem está trabalhando", ressaltou o secretário geral do sindicato, José Wilson.
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