Bolsonaro impõe nova derrota à PCDF
Não está fácil para a Polícia Civil do DF. A conjuntura do país e as decisões dos políticos têm bloqueado benefícios para a categoria na última década. Os policiais brigaram feio durante quatro anos no governo Rollemberg pela paridade dos salários com a Polícia Federal — que nunca saiu — e apostaram na atual gestão. Mas o governador Ibaneis Rocha (MDB) está amarrado por decisões do Palácio do Planalto. A mais recente derrota da PCDF foi o veto imposto pelo presidente Jair Bolsonaro à autorização que seria dada ao GDF para a criação de um plano de saúde para a classe. Em edição extra, a Presidência bloqueou o benefício.
Acabou a pandemia em Brazlândia?
A Administração Regional de Brazlândia está divulgando um roteiro animado de festas para comemorar o aniversário de 88 anos da cidade. Campeonato de skate, copa de futevôlei e de vôlei de praia, trio elétrico, “Caminhada da Vida”, inauguração da rua de lazer, missa, culto de ação de graças. Alguns eventos serão por drive-thru. Mesmo assim, as celebrações são um risco, considerando que o DF registra quase 9 mil mortos desde o início da pandemia.
Crise nas receitas de pessoal
A queda nos repasses federais para o DF por meio do Fundo Constitucional será de R$ 1,5 bilhão em 2022. O motivo é a redução na receita corrente líquida da União. Os números foram discutidos na última quarta-feira em audiência pública remota da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa, com a presença do secretário de Economia do DF, André Clemente. A redução do fundo resultará em aumento de 17,39% no gasto com pessoal, já que grande parte dessa despesa é de caráter obrigatório e precisará migrar para o orçamento do DF. Clemente sustenta que, apesar da perda, não há risco de atrasos nos pagamentos de servidores e fornecedores que, segundo ele, são gastos prioritários. “Estão garantidos sim, em função do planejamento severo no controle dos gastos públicos e esforço para o aumento das receitas”, ressaltou.
Corrente para Jacy Afonso
Aos 59 anos, o bancário e ex-presidente da CUT-DF Jacy Afonso poderia ter agendado ontem a primeira dose da vacina contra covid-19. Mas o atual presidente do PT-DF está internado com a doença e na última quinta-feira precisou ser intubado. Petistas permanecem em corrente pela recuperação de Afonso.
Siga o dinheiro
R$ 101.664,64
É o montante que a Secretaria de Segurança Pública do DF está destinando para a compra de drones
A pergunta que não quer calar….
Ainda tem construção irregular de prédios em Vicente Pires e outras áreas sem alvará colocando em risco a vida das pessoas no DF?
Só papos
“Acabou essa história de construção irregular”
Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, depois que um edifício desabou, matando duas pessoas em Rio das Pedras, bairro da zona oeste do RJ
“Duro é imaginar que, aparentemente, era aceitável, até então, a construção irregular no Rio de Janeiro…”
Valdir Oliveira, superintendente regional do Sebrae
Presidente do Sindepo diz que policiais se sentem abandonados em combate
O presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo), Marcelo Portella, gravou um vídeo em que lamentou o ato. “Hoje é um dia muito triste para a Polícia Civil”, disse. “Todas as bandeiras do presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha, sinalizavam na valorização das forças policiais. Os policiais, e eu me incluo neles, entendiam que agora, sim, chegaria nossa vez. Nós trabalhamos com pouquíssima segurança jurídica. Ficamos à mercê de interpretações judiciais durante nossa atividade policial que não raramente nos são desfavoráveis”, acrescentou. Como derrota, ele citou a Lei de Abuso de Autoridade, que muitas vezes tolhe o trabalho de delegados, e também a dificuldade em conseguir uma recomposição salarial. “Nós da PCDF estávamos havia 15 anos sem qualquer tipo de recomposição salarial. O governador Ibaneis mandou uma mensagem para o presidente da República autorizando essa tão sonhada recomposição salarial que foi vetada pelo presidente da República. Não nos foi concedida pelo presidente da República”, afirmou. No vídeo distribuído aos colegas, Portella fala diretamente ao presidente: “Os policiais hoje, senhor presidente, estão falidos, estão mentalmente adoecidos”. Ele ressaltou ainda que num momento tão grave de pandemia o Planalto nega assistência à saúde para a classe, quando as demais forças de segurança do DF contam com o benefício. Policiais foram também atingidos com a Reforma da Previdência. “A sensação, senhor presidente, é de que nós fomos abandonados em combate. Portella ressaltou os méritos da classe: “O crime organizado nunca conseguiu se instalar no Distrito Federal”. E concluiu: “Esse veto, fundamentado no interesse público, será muito difícil de ser digerido por todos os policiais integrantes da Polícia Civil”.