Vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) destacou que a Casa tem como prioridade, neste mês, a votação do pacote Pró-Economia 1, conforme antecipou o Correio Braziliense na edição da última segunda-feira, o qual tem entre os objetivos diminuir o desemprego, além de isenção de impostos. O parlamentar avalia que a imunização é a melhor forma de sairmos da crise econômica e sanitária. “A população deve buscar a vacina, independentemente da marca do imunizante. Porque a dose evita que o indivíduo evolua para um quadro de internação. Só assim vamos vencer a pandemia”, afirmou, em entrevista ao jornalista Alexandre de Paula, ontem, no programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília.
Sobre a economia, como vai ser a votação deste mês na CLDF?
A prioridade dos parlamentares, no mês de junho, é votar o pacote econômico que o governo encaminhou para a Casa, chamado Pró Economia 1. Queremos avançar nesse pacote, que possui incentivos fiscais para a retomada no DF. Infelizmente, a pandemia atacou a economia diretamente, e vimos o índice de desemprego aumentar muito na cidade. Nosso foco é a diminuição do desemprego, adotar medidas de isenção de impostos e possibilitar a prorrogação de pagamentos. Algumas medidas já foram adotadas por decreto, mas outras precisam passar pela Câmara, como a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para as autoescolas.
O senhor acredita que a retomada será mais forte no segundo semestre? É cedo para falar sobre isso devido ao risco de uma terceira onda da covid-19?
Eu sou muito otimista e acredito que a economia já está crescendo. Hoje (ontem) mesmo, tivemos a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu 1,2% nos últimos três meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E, também, no DF, creio em uma retomada rápida, até porque o setor produtivo tem sido parceiro da sociedade, e em geral temos nos reinventado. Com essas medidas que a Câmara aprovará, eu acredito que o segundo semestre será muito melhor do que o primeiro. Em relação à terceira onda, a população deve buscar a vacina, independentemente da marca do imunizante. Porque a dose evita que o indivíduo evolua para um quadro de internação. Só assim vamos vencer a pandemia.
A vacinação ajuda na economia?
Quanto mais pessoas vacinadas nós temos, menor o índice e a possibilidade de termos novos lockdowns. Por isso, precisamos fazer a nossa parte, que é se vacinar, usar máscaras, álcool em gel e adotar o distanciamento social.
O senhor é relator da Comissão Especial da CLDF que acompanha e fiscaliza as ações do Governo do Distrito Federal (GDF) a respeito da vacina. Como avalia as ações realizadas na capital?
Fizemos, até agora, dois relatórios preliminares. No primeiro, sugerimos a criação do agendamento da vacina, que a Secretaria de Saúde acatou, para evitar aglomerações nos postos de vacinação. No segundo relatório, foi melhorar a articulação da pasta com o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), porque a vacina é distribuída para os estados não seguindo uma lógica de proporção, mas o que é definido pelo conselho formado entre o Ministério da Saúde, o Conass e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. A quantidade da população é um critério, mas segue algumas exceções, como a situação que foi vivida em Manaus e que demandou mais doses para o Amazonas.
O senhor teve uma reunião com o Instituto Butantan para falar sobre a ButanVac, como está
o processo?
Eu saí muito animado da reunião. A ButanVac vai ser 100% brasileira, inclusive os insumos. Ela está em fase bem avançada, foram feitos alguns testes, e estão muito promissores os resultados. Segundo os diretores, a expectativa é de que a vacina esteja disponível a partir de agosto para todo o país.
Como o senhor avalia a relação do governo federal com a China?
Eu não concordo com a ideologia do governo chinês, mas eles são os principais parceiros do Brasil. Por isso, é importante fortalecer os laços econômicos e abrir espaços para investimentos, seja de qualquer país que queira entrar no Brasil, pois só vamos ter um grande crescimento com investimento internacional. E os chineses querem investir no nosso país. Claro que não podemos ficar dependentes da China, mas temos que tratá-los como o que são: o nosso principal parceiro.