A polícia investiga a participação de, ao menos, mais duas pessoas no assassinato dos empresários Cleonice Marques, 43 anos, Cláudio Vidal, 48, e dos dois filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. A informação sobre o envolvimento dos possíveis suspeitos foi colhida em diligências realizadas pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) e repassadas à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), à frente do caso. O principal executor, no entanto, segundo as investigações, é Lázaro Barbosa Sousa, 32, morto em um confronto com policiais militares de Goiás.
O processo segue em sigilo e as investigações continuam. “Com nossas apurações realizadas em Goiás, levantamos outros suspeitos que podem ter agido tanto no momento da execução quanto por trás da cena do crime”, detalhou, ao Correio, o delegado-titular da 17ª Delegacia Regional de Polícia (DPR), Cléber Martins.
As apurações foram transferidas à 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), que apura o caso. Em coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (29/6), o delegado-chefe da unidade policial, Raphael Seixas, afirmou que não descarta nenhuma linha de investigação. Os investigadores chegaram à autoria do crime por meio das impressões digitais deixadas por Lázaro na parte interna da porta de vidro da casa da família.
Com base em informações contidas no laudo, comprovou-se que Cleonice Marques sofreu estupro e foi torturada antes de ser assassinada. Segundo Raphael Seixas, foram colhidos vestígios que comprovaram o abuso. Até essa sexta-feira (2/7), deve sair o resultado do DNA para saber quem foi o autor do estupro.
O que dizem os advogados da família?
Os defensores Fábio Alves, Marco Antônio e Luiz Sales, afirmam que, após o desfecho do caso não há possibilidade de Lázaro ter se escondido por 20 dias da polícia sem a ajuda de outros comparsas, além do fazendeiro Elmi Caetano, 74, preso na quinta-feira (24/6), por suspeita de auxiliar o criminoso na fuga e portar armas. “Não descartamos a hipótese de que outras duas, três ou quatro pessoas participaram do assassinato da família Vidal. Estamos tratando como uma organização criminosa”, frisou Luiz Sales.
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