Durante cerca de 480 horas, 270 servidores de diversas corporações e instituições das forças de segurança do Distrito Federal e de Goiás trabalharam em uma das maiores operações de busca do país. O alvo era Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, condenado por crimes em Goiás, na Bahia e no DF — onde foi acusado de matar quatro integrantes da família Marques Vidal, em 9 de junho.
As equipes de policiais se concentraram em Cocalzinho (GO). Primeiro, no município; depois, no povoado de Edilândia e no distrito de Girassol, ambos na cidade goiana. Enquanto escapava, Lázaro deixava rastros: fez reféns, roubou armas e, para se esconder, contou com a ajuda do ex-patrão Elmi Caetano Evangelista, 74, preso na semana passada. Agora, o fazendeiro é suspeito de integrar uma quadrilha especializada na prática de vários tipos de delitos.
Na caçada, as forças de segurança contaram com drones, helicópteros, cães farejadores e dezenas de equipes por terra. No entanto, as características geográficas da região impuseram obstáculos aos trabalhos, devido à presença de matas, grotas, vales, relevo acidentado, além da habilidade que o fugitivo tinha para se locomover na natureza.
Ontem, a procura acabou por volta das 9h, após um tiroteio entre Lázaro e policiais, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás. O acusado foi atingido por mais de 30 balas. Ao longo dos dias da força-tarefa, especialistas na área de segurança pública questionaram o andamento da caçada, com críticas à espetacularização do caso, à quantidade de policiais deslocados para prender um indivíduo e às possíveis despesas decorrentes da megaoperação. Por outro lado, autoridades comemoraram o encerramento da perseguição, que consideraram bem-sucedida.
» Colaborou Jéssica Eufrásio
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