Cerca de 88,2% dos feminicídios ocorridos no Distrito Federal têm histórico de ciúme excessivo, controle ou perseguição por parte dos acusados. Os dados são de um estudo realizado pelo promotor de Justiça do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Thiago Pieberom e outros pesquisadores. Os resultados também mostram que 61,8% dos casos teve tentativa ou consolidação de uma separação antes do crime.
O objetivo do estudo é mostrar os fatores de risco por trás desse tipo de crime contra a mulher. Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram 34 processos e realizaram entrevistas com familiares de vítimas de crimes ocorridos em 2016 e 2017. Além das informações já citadas, a análise mostrou que 73,5% dos casos tiveram registro de ameaça ou tentativa de matar ou cometer agressão física grave antes da consumação do feminicídio.
Além disso, cerca de 55,9% dos crimes ocorreu na presença de testemunhas. Em mais de 32,4% dos casos, o agressor teve fácil acesso a arma de fogo.
Ciúmes
Entre as ocorrências que tinham como fator de risco uma crise de ciúmes, os pesquisadores identificaram que em 38,2% dos casos o autor proibia a vítima de visitar familiares ou amigos. Em 23,5%, as mulheres eram proibidas de estudar ou trabalhar.
Em 44,1% dos casos analisados, o autor vigiava o celular da vítima, controlava as redes sociais, vasculhava itens pessoais e controlava horários.
Onde pedir ajuda?
Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Telefone: 180 (disque-denúncia)
Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
» De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
» Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
» Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul
(61) 3207-6172
Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
Telefone: 100
Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.