Após 12 horas de julgamento, Marinésio Olinto, 45 anos, responsável pelo feminicídio da advogada Letícia Curado foi condenado a 37 anos de prisão, em regime fechado, pelo Tribunal do Juri de Planaltina. Marinésio está preso na Penitenciária do Distrito Federal (PDF1) desde maio do ano passado, quando foi condenado pelo estupro de uma adolescente.
O julgamento começou às 9h, em sessão restrita, por se tratar de um caso de violência contra a mulher. A representante do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foi o promotor Nathan da Silva. De acordo com o advogado de Marinésio, Marcos Venício Fernandes, a defesa recorrerá “sob a alegação de que os jurados, em relação aos outros crimes, julgaram de forma contrária às provas dos autos”.
Memória
Em 23 de agosto de 2019, a advogada Letícia Curado esperava o ônibus em uma parada entre o Vale do Amanhecer e a DF-230, em Planaltina. Ela estava a caminho do trabalho, no Ministério da Educação (MEC), órgão no qual era servidora. Contudo, ela não chegaria ao destino.
Marinésio passou de carro pela parada e ofereceu uma carona à jovem. Dentro do veículo, ele tentou estuprá-la, mas Letícia reagiu. Diante da reação, o homem a estrangulou e ela morreu asfixiada. Letícia deixou marido e um filho, hoje com cinco anos.
Em seguida, Marinésio escondeu o corpo da vítima dentro de uma manilha e roubou os pertences da servidora, como uma necessaire, um relógio e um pendrive. Os objetos foram encontrados dentro do automóvel quando ele foi preso em flagrante.
Além do homicídio, ele também responde pelos crimes de tentativa de estupro, furto e ocultação de cadáver. À polícia, ele confessou que já conhecia Letícia, pois pegou o mesmo ônibus que ela para o Plano Piloto em outra ocasião, e deu detalhes do assassinato.
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