Com um facão na cintura, o bombeiro militar aposentado Edmar de Siqueira, 52 anos, busca artimanhas para se proteger, caso o assassino foragido Lázaro Barbosa Sousa apareça em sua chácara, no distrito de Girassol (GO) - distante 4km de Águas Lindas de Goiás. Lázaro está foragido há 13 dias e é investigado por uma série de crimes, como homicídios, roubos e estupros.
Edmar mora em Taguatinga, no Distrito Federal, mas vem frequentemente visitar a chácara em Goiás com a família. No local, ele cuida de bichos e das plantações. O aposentado comprou o terreno há cerca de um ano. "Esses dias, meus vizinhos que moram aqui há muito tempo me disseram que essa casa foi um dos esconderijos de Lázaro há dois anos, quando ele tentava despistar a polícia", afirmou.
A residência é pequena e fica em uma região de muitas árvores, mata alta e terra seca. Na área deserta, há pelo menos outras duas casas. "Aqui é muito fácil dele se esconder. E percebemos que ele é um homem inteligente, astuto, que sabe se virar. Essa região tem muitas grutas e vegetação de difícil acesso. Não é qualquer um que sabe se virar", relatou Edmar.
O aposentado diz que não tem medo e que está preparado caso aconteça algo. "Coloquei dois cachorros aqui e ando com facão. Isso não é sinônimo de segurança, porque sabemos que, se ele chegar, não vai ser na nossa frente. Vai ser de surpresa. Mas fazemos o possível para nos resguardar", pontuou.
Buscas
A operação de buscas por Lázaro chegou ao 13° dia. Nesta segunda-feira (21/6), a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) não concedeu coletiva de imprensa pelo terceiro dia e emitiram apenas uma nota.
No documento, o órgão ressalta que hoje foram realizadas incursões para checagem de informações de possíveis locais que o fugitivo tenha passado e que as ações contaram com o apoio das equipes de cães. Destacou, ainda, que a força-tarefa vem "avançando nas buscas e o cerco está ficando cada vez mais fechado''.
De acordo com a secretaria, o Exército Brasileiro cedeu 40 rádios comunicadores para auxiliar nas buscas. "A força-tarefa tem recebido doações e apoios materiais e morais de vários setores da sociedade (público e privado) desde o início da operação. Os policiais nunca estiveram desamparados. A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) sempre esteve presente em todas as ações das forças de segurança pública como parceira do trabalho dos nossos bravos guerreiros. E nesta operação não está sendo diferente", frisou a pasta por meio de nota.
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