A população com 49 anos começa a ser vacinada hoje contra a covid-19 no Distrito Federal. De acordo com levantamento da Secretaria de Saúde, até as 18h18 de sexta-feira (18/6), 8.381 pessoas nessa faixa etária agendaram a imunização nos cinco pontos de vacinação. A ampliação do grupo etário foi possível com a chegada de 30,4 mil doses da vacina Pfizer/BioNTech e 22,6 mil da CoronaVac (que serão divididas entre primeira e segunda doses). Com o novo lote, foi aberto também o agendamento para quem tem comorbidades com 18 anos ou mais. Quem se enquadra nesses dois perfis pode marcar dia e horário para receber o imunizante pelo site vacina.saude.df.gov.br.
Os pontos de vacinação deste fim de semana serão: Torre de TV; Estacionamento 12 do Parque da Cidade; Faculdade Uniplan, em Águas Claras; Taguaparque; e Sesc de Ceilândia. Todos eles funcionarão com sistema drive-thru, das 9h às 17h. Além do novo grupo incluído, os locais também receberão a população para a aplicação da segunda dose e dos grupos de comorbidades.
De acordo com o comitê operacional da vacinação da Secretaria de Saúde, do quantitativo de imunizantes recebidos na capital, serão destinadas 32 mil doses para a população por faixa etária, 4 mil para pessoas com comorbidades e 2,6 mil para as forças de segurança. Para os trabalhadores que atuam como vigilantes e bancários, a pasta afirmou que aguarda a listagem com o nome desses profissionais por representantes da categoria para elaborar uma estratégia de vacinação.
O Distrito Federal já recebeu trinta remessas de vacina, totalizando 1.455.120 doses, sendo que 635.560 são da CoronaVac, 711.800 da AstraZeneca e 107.760 da Pfizer. Em estoque, a capital tem 31.608 doses da Pfizer, 2.550 da CoronaVac e 930 da AstraZeneca. Até o momento, 880.980 pessoas foram vacinadas com a primeira dose e 329.536, com a segunda dose. A cobertura vacinal da D1 é de 38,14%, em relação ao quantitativo da população com 18 anos ou mais (2.309.944). Com o reforço, 14,27% dessa população já foi imunizada.
Longa fila
Quem foi vacinar contra a covid-19, ontem, na unidade básica de saúde (UBS) 2 do Cruzeiro enfrentou uma espera de aproximadamente três horas. Sem drive-thru, as pessoas formaram uma fila que dava voltas no quarteirão. O Correio apurou que a demora foi resultado da grande procura e da mudança no registro dos cadastros, que passou a ser feita no computador — anteriormente, o registro das pessoas era feito de forma manual. Funcionários da Saúde que estavam aplicando as vacinas informaram que a mudança para o sistema eletrônico foi feita para evitar fraudes.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que, devido à campanha de vacinação contra a covid-19, a demanda nas unidades de saúde está bastante alta. “A espera em algumas unidades se dá porque, além dos agendamentos para aquele dia, são atendidos também aqueles que retornaram para aplicação da segunda dose (D2) e as pessoas com deficiência e idosos, que não têm a necessidade de agendamento”, explicou a pasta. Segundo a secretaria, em todos os locais, há um profissional escalado para gerenciar e organizar as filas, sempre orientando sobre o distanciamento entre as pessoas.
Novos casos
Enquanto a vacinação segue na capital, novos casos da doença são registrados. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, o Distrito Federal notificou mais 771 ocorrências do vírus, totalizando 421.119 casos da covid-19 desde o início da pandemia. Desse total, 403.334 (95,8%) estão recuperados e 9.051 (2,1%) morreram por complicações do novo coronavírus.
Ainda foram notificadas mais 14 mortes pela doença, sendo que três ocorreram ontem. Das vítimas recentes, a maioria tinha alguma comorbidade e era da faixa etária de 50 a 69 anos. Duas pessoas residentes de Formosa e Valparaíso, em Goiás, morreram em hospitais da capital. A média móvel de mortes chegou a 18,29 e representou uma queda de 23% em relação ao registrado há duas semanas. Já a média de casos ficou em 892, com uma variação positiva de 4,55%. A taxa de transmissão caiu de 0,99 para 0,95.
O índice de ocupação de leitos das unidades de terapia intensiva (UTIs) reservadas para atender os casos graves de covid-19 continua alto. No levantamento divulgado no site da Sala de Situação, dos 452 leitos covid, apenas 24 estavam vagos. Outros 257 leitos estavam bloqueados. Diante desse cenário, a taxa de ocupação ficou em 87,6% na noite de ontem. A lista de espera por um leito de UTI contabilizou 76 pessoas, sendo que 13 são de pacientes com suspeita ou confirmação do novo coronavírus.
Copa América
A Secretaria de Saúde realizou o sequenciamento genético das amostras dos testes de covid-19 dos jogadores da Venezuela que estiveram na capital no último final de semana. Segundo o secretário Osnei Okumoto, 20 amostras foram encaminhadas para análise. Desse quantitativo, 14 estavam em um bom estado para a realização do sequenciamento que define a origem da contaminação da covid-19.
O resultado apontou que a maioria das contaminações era de origem P1, a variante de Manaus. Foram 13 jogadores infectados e sete profissionais que acompanham a delegação. Osnei refutou o boato de que jogadores contaminados haviam saído do isolamento para andar pelo Distrito Federal. “O que ocorreu foi que um venezuelano começou a apresentar alguns sinais de sintomas (da covid-19) e foi recorrer a uma unidade hospitalar aqui do DF. Nós temos duas unidades de saúde que foram contratadas para atender as delegações. O Hospital Home e o Hospital Sírio-Libanês. Esse jogador não saiu para passear”, ressaltou o secretário.
Doses aplicadas
Trabalhadores da saúde
157.819 (D1) e 108.271 (D2)
Pessoas com comorbidades
188.806 (D1) e 3.127 (D2)
Idosos 80 anos ou mais
53.296 (D1) e 47.461 (D2)
Com 75 a 79 anos
43.678 (D1) e 39.234 (D2)
70 a 74 anos
62.036 (D1) e 60.343 (D2)
65 a 69 anos
82.304 (D1) e 53.901 (D2)
60 a 64 anos
104.922 (D1) e 6.849 (D2)
55 a 59 anos
67.861 (D1) e 27 (D2)
50 a 44 anos
61.451 (D1)
Pessoas com deficiência permanente grave
5.000 (D1) e 54 (D2)
Pessoas com 60 anos ou mais em instituição de longa permanência
980 (D1) e 954 (D2)
Pessoas com deficiência institucionalizada
164 (D1) e 164 (D2)
Pessoas em situação de rua
11 (D1)
Forças de segurança e salvamento
19.645 (D1) e 8.440 (D2)
Trabalhadores da educação
14.063 (D1) e 69 (D2)
Rodoviários
6.484 (D1)
Forças armadas
6.008 (D1) e 19 (D2)
Trabalhadores do transporte aéreo
4.154 (D1)
Gestantes
1.289 (D1) e 293 (D2)
Puérperas
459 (D1) e 60 (D2)
Indígenas
286 (D1) e 147 (D2)
Funcionários do sistema penitenciário
202 (D1) e 104 (D2)
Metroviários: 21 (D1)
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