Em uma caçada que já dura 10 dias, Lázaro Barbosa de Souza, de 32 anos, chegou a fazer cursos de ressocialização quando estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
A recomendação pelos cursos foi para que ele pudesse ter direito de passar do regime fechado para o semiaberto, em 2014, quando ele cumpria pena pelos crimes de roubo e estupro cometidos em 2009.
Entre os cursos feitos por Lázaro estão: empatia, sexualidade, para se colocar no lugar das vítimas e sobre o uso de drogas. Nas capacitações, ele foi ensinado sobre a Lei Maria da Pena e sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Um laudo psicológico elaborado no Complexo Penitenciário da Papuda em 2013, mostrou que Lázaro tem consciência das suas atitudes e ele percebe o sofrimento causado em terceiros. O relatório ainda disse que se trata de uma pessoa agressiva, impulsiva, instável e com “preocupações sexuais”.
"De acordo com o seu histórico de vida, foram observados alguns eventos que prejudicaram o seu desenvolvimento psicossocial. a saber: agressão familiar, uso abusivo de álcool e outras drogas. falecimento de familiar, abandono das atividades escolares, trabalho infantil e situação financeira precária. Os testes psicológicos apontaram características de personalidade que estão diretamente relacionadas com os crimes cometidos, tais como: agressividade. ausência de mecanismos de controle, dependência emocional. impulsividade. instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia," é o que diz o laudo, na ocasião.
"Apesar de ter consciência de suas atitudes, assumi-las e perceber o sofrimento causado em terceiros (passos importantes no processo de ressocialização), percebe-se que todos os crimes cometidos estão diretamente relacionados com a dependência química, fato do qual o periciando não tem autocontrole, haja vista o uso abusivo de bebida alcoólica antes de sua reclusão e o vicio no crack após a prisão."
No processo de 2009, ele foi condenado a 15 anos de prisão. Em 2016, ele fugiu do Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Foi recapturado em 2018 em Águas Lindas. Quatro meses depois ele fugiu por um buraco no teto do presídio.
Lázaro é procurado pela chacina no Incra 9, na Ceilândia, no último 9 de junho, quando quatro pessoas de uma mesma família foram mortas.
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