A companheira de Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos, diz não acreditar que o marido esteja envolvido em rituais macabros. Em entrevista exclusiva ao Correio, a jovem de 19 anos que preferiu não se identificar, afirmou que a família é alvo de fake news e preconceito. "Não acredito em nenhum ritual. Ele tinha uma fé em Deus muito grande, foi até pregador da palavra no presídio. Eu só vou acreditar que ele se envolveu mesmo nisso quando ele for pego e falar", declara.
A mulher espera que Lázaro se entregue à polícia. Ela afirma estar estarrecida com os acontecimentos da última semana. Ela contou que a família está sofrendo ameaças e teme pelo desfecho da história. "Temos medo de receber a notícia de que ele morreu", afirma.
O casal está junto há quatro anos e tem uma filha de apenas 2 anos de idade. Segundo ela, Lázaro é um pai dedicado. "É um bebê que quase todos os dias chama por ele. Isso me corta tanto. Ela é muito apegada. É a vida dele. Está todo mundo arrasado", diz. O criminoso também tem outro filho, de 4 anos, com uma ex-companheira.
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Os dois se conheceram por meio da tia do homem, que é amiga da família da jovem. Ela se disse decepcionada com o comportamento de Lázaro, que segundo ela, já tentou largar o crime. "Se a gente tivesse a oportunidade de ir com a polícia para o meio do mato para convencê-lo a se entregar. A gente não sabe o que aconteceu na mente e no coração dele. A ficha não caiu", ressalta.
Secretário de Segurança
Na terça-feira (15/6), o secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), Rodney Rocha Miranda, afirmou que Lázaro pretendia fazer um ritual macabro com a família que ele manteve refém na tarde de terça.
Lázaro invadiu a chácara durante a tarde, em Edilândia (GO), e manteve pai, mãe e filha reféns. A adolescente enviou uma mensagem a um policial pedindo socorro ao ouvir um barulho estranho na casa. "Socorro, o assassino Lázaro está aqui em casa", escreveu.
O Correio apurou que os policiais estiveram na mesma fazenda, Grota da Água do Valdo Silva, na segunda-feira (14/6), onde montaram o cerco. O policial que participou da operação deixou o número de celular com a família e, nessa tarde, recebeu uma mensagem: "Socorro. O assassino Lázaro está aqui em casa. Fazenda Grota da Água do Valdo Silva", dizia o texto.
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