Nascido em uma nobre família portuguesa, Fernando Antônio de Bulhões, conhecido como Santo Antônio de Pádua, entrou para a história. Natural de Lisboa, Portugal, viveu o radicalismo dos estudos e uma vida de oração. Com conhecimento e grande poder de pregação, tornou-se discípulo de São Francisco de Assis e, com ele, aprendeu a viver uma vida de entrega aos mais necessitados. Muito além do famoso título de santo casamenteiro, Antônio tornou-se padroeiro das coisas perdidas, dos pobres e ficou conhecido, também, como santo dos milagres. Atualmente, é um exemplo a ser conhecido e imitado por centenas de fiéis católicos que, hoje, celebram o dia a ele devotado.
Foi por meio de sua sabedoria e doutrina, documentadas no livro Sermões, que Santo Antônio foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII, sob o título de “Doutor Evangélico”. Catequista no Santuário Santo Antônio, na 911 Sul, a administradora Elizângela Penha, 48 anos, decidiu estudar a vida do padroeiro, a fim de compreender sua história e melhor desenvolver seu trabalho junto a comunidade. Desde então, tornou-se admiradora e devota de Santo Antônio.
“Comecei a dar aula na comunidade e quando a gente se dispõe a esse serviço, a primeira coisa que devemos fazer é se integrar com o local. Nada melhor do que começar pela vida do padroeiro. Não tem como não se encantar”, garante Elisângela.
Para a devota, o auxílio do santo se faz presente nas obras assistenciais desenvolvidas pela igreja. “Ele não deixa faltar. É algo impressionante. Agora, na pandemia, a paróquia tem um trabalho de distribuição de cestas básicas que triplicou a procura. Mas nunca falta. É certo: no dia da distribuição, sempre vai ter a quantidade necessária de alimento para servir os que lá estiverem”, ressalta.
A doação de Santo Antônio aos pobres era tamanha que, certa vez, distribuiu todo o pão do convento em que vivia para aqueles que tinham fome. O frade padeiro ficou em apuros quando percebeu que os religiosos não teriam o que comer. Antônio pediu ao padeiro que voltasse ao local e procurasse melhor. O homem voltou estupefato e alegre: os cestos transbordavam de pães, que foram distribuídos aos frades e pobres do local.
Frei Carlos Antonio da Silva, da Ordem dos Frades Menores e pároco da Paróquia e Santuário Santo Antônio diz que o pão dos pobres é muito famoso. “Centenas de fiéis vêm até a igreja à procura do pão para não faltar alimento em suas casas durante o ano”, explica.
O pároco do Santuário revela que muitas histórias da vida de Santo Antônio estão ligadas a casamentos, mas para os devotos, o poder de intercessão do padroeiro vai além. “Ele é tido como a trombeta do evangelho. Qualquer pessoa que pede uma graça, alcança e, em uma época de pandemia, ele deixa o legado do cuidado com o próximo, da solidariedade. Celebrar Santo Antônio é celebrar a vida da igreja”, ressalta.
Para a aposentada Waleska Mendes, 57 anos, a história de admiração por Santo Antônio começa com sua mãe. “Sempre que ela precisava de algo, recorria a Santo Antônio. Todas as terças - feiras, íamos à igreja para levar os pães dos pobres e assistir à missa dos doentes. Várias vezes vi minha mãe clamando pelo santo em alguma situação difícil”, recorda a fiel.
“Ele é meu protetor celestial. É com ele que me aconselho e suplico por minhas necessidades”, pontua. A aposentada conta que Antônio é um bom padroeiro para os relacionamentos. “Eu mesma fiz trezena para reatar meu namoro com meu marido, mas ele é muito mais. É um guardião da palavra de Deus e nos inspira a sermos mais humildes e servis”, garante. “Eu não lembro de ter clamado por ele e não ter sido atendida”, diz.
Festa de Santo Antônio
A Paróquia e Santuário Santo Antônio, na 911 Sul, preparou um cronograma de missas para a festa do padroeiro neste domingo.
» 6h: matriz
» 7h: pátio do colégio
» 8h: matriz (transmissão ao vivo)
» 10h: pátio do colégio
» 12h: matriz
» 15h: pátio do colégio (com benção da saúde e transmissão ao vivo)
» 17h: matriz
» 18h: pátio do colégio
» 20h: matriz (transmissão ao vivo)
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