O Dia Mundial sem Tabaco é celebrado, nesta segunda-feira (31/5), para chamar a atenção ao hábito de fumar, que pode trazer graves complicações, principalmente quando se trata da pandemia. Atualmente, 58 unidades da Secretaria de Saúde oferecem o tratamento antitabagismo em todas as regiões do Distrito Federal. O acompanhamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A abordagem é feita em duas frentes: o tratamento cognitivo comportamental, que consiste em orientações e estratégias para inibir o desejo de fumar, e o tratamento medicamentoso, que presta assistência farmacêutica aos casos mais graves.
“O tratamento medicamentoso consiste no alívio dos sintomas às crises de abstinência que os pacientes possam ter. Nem todas as pessoas precisam utilizar o medicamento; ele vai ser prescrito após avaliação médica para aqueles pacientes que não estão tolerando os sintomas das síndromes de abstinência”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) de Tabagismo Nancilene Melo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é responsável por 8 milhões de mortes ao ano. Cerca de 25% dos óbitos por câncer guardam relação com o fumo. Em 2021, a luta contra o tabagismo completa 100 anos.
Além do risco de morte, o tabagismo deixa a pessoa mais suscetível a infartos e tromboses, podendo ser igualmente responsável por outras enfermidades, como tuberculose, derrames, perda de sentidos (visão e audição), disfunção erétil e infertilidade.
A indústria do tabaco também é responsável por vários danos ao meio ambiente, com a emissão de gases poluentes e a contaminação do solo, além da poluição urbana devido ao descarte inadequado das bitucas.
Tabagismo e covid-19
Em meio à pandemia por covid-19, a OMS lançou uma publicação intitulada 101 razões para parar de fumar, expondo todos os riscos do tabagismo ativo e passivo e suas relações com o novo coronavírus.
Segundo a organização, o vírus pode ser ainda mais prejudicial para fumantes e ex-fumantes, por se tratar de um vírus muito agressivo aos pulmões. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, em Wuhan, na China, as pessoas que fumam têm 14 vezes mais chances de desenvolver quadros graves de covid-19 do que os pacientes que não possuem o hábito.
“O tabaco tem uma parte particulada da fumaça que, quando cai na corrente sanguínea, vai causar um processo inflamatório dentro da veia e das artérias, além da ação direta nas vias respiratórias, que podem causar doenças crônicas. A covid-19, basicamente, é uma doença respiratória também; ela causa um processo inflamatório vascular de uma forma muito intensa, e isso é responsável pelo processo trombótico”, esclarece a RTD.
Com informações da Secretaria de Saúde