Após a inauguração da ponte de 40 metros de extensão sobre o Córrego Vicente Pires na última quarta-feira (26/5), motoristas que passam pelo local relataram ao Correio longos engarrafamentos. A conexão fica na via marginal da Estrada Parque Ceilândia (DF-095), com destino à Estrada Parque Vale (DF-095).
A construção foi feita sob a promessa de redução dos congestionamentos nos horários de maior tráfego da região: seriam mais de 20 mil motoristas beneficiados. O elevado liga a Rua 3 de Vicente Pires à Rua 1 do Jockey Club. A estrutura de 170 toneladas de vigas metálicas teve investimento de R$ 4 milhões e foi executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER).
Na ocasião, o diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur Júnior, destacou como deveria funcionar na prática o trânsito depois da ponte. “Vai se criar um círculo interno dentro de Vicente Pires e o Jockey Club, liberando o trânsito na Estrutural apenas para quem quer ir e voltar do Plano Piloto para outras regiões administrativas”, explicou.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também ressaltou que a cidade necessita de apoio na infraestrutura. “Sabemos muito bem o que a população daqui passou ao longo desses anos. Um sofrimento muito grande. Lama, poeira, sol, buraco e outras dificuldades de todas as naturezas”.
Em nota, o DER informou que, nesta quinta-feira (27/5), como primeiro dia após a liberação do tráfego sobre a ponte, houve, no período da manhã, registro de gargalos na região. Segundo o órgão, “é perfeitamente normal”. Na manhã desta sexta-feira (28/5), o departamento informou que a situação foi totalmente diferente. “O trânsito fluiu normalmente”, ressaltou.
“Naturalmente, toda obra viária recém-inaugurada carece de um breve período para que os motoristas da região se adaptem às mudanças. Estando todos adaptados, o objetivo foi concluído”, garantiu o departamento. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) também foi procurada, mas até a publicação da reportagem, não houve retorno.