Trajetória profissional de Peter Sola

Agência Radiola e os novos negócios

A habilidade de se transformar em um profissional que consegue trabalhar em múltiplas áreas e segmentos de negócios é o objetivo buscado por muitos. Saber aplicar e transformar seu potencial é o que levou o empresário Peter Sola, 42 anos, ainda jovem, a criar, com dois sócios, André Vasquez e Gilson Leal, a agência Radiola, uma empresa brasiliense de publicidade e propaganda.

Fundada em 2001, a Radiola consolidou sua atuação no mercado nacional. Os sócios, ex-alunos da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), se conheceram enquanto trabalhavam na empresa júnior Doisnovemeia Publicidade e, após algumas experiências de estágio, decidiram abrir o próprio negócio. “Resolvemos nos unir para criar um trabalho mais autoral. A ideia era conseguir colocar a nossa pegada, o que a gente gostava esteticamente e criativamente nas peças que fazíamos,” conta Peter Sola.

A trajetória do profissional se confunde com a de seu primeiro empreendimento. Após trabalhar com contas ligadas ao mercado cultural, ao setor imobiliário e, posteriormente, ao setor público, com a Petrobras e o Sebrae, e ao institucional, com o Conselho Federal de Administração (CFA) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), o publicitário se viu motivado a crescer e procurou se aperfeiçoar em diferentes áreas de atuação.

Além do trabalho no mercado publicitário, desde 2018, é proprietário e responsável técnico pela Mind Seguros, empresa focada em seguros residenciais e empresariais, professor do curso sobre Canais Digitais na Escola Nacional de Seguros e consultor credenciado do Sebrae nacional.

Como a trajetória e o crescimento da Radiola se confundem com a sua? Como a agência ajudou a mudar sua perspectiva de negócios?
Para criar a agência, primeiro, estudamos bastante o mercado e nos inspiramos em uma multinacional que tem uma estrutura modular. O time da agência é formado por um núcleo fixo, mas, para cada tipo de job, traz alguns especialistas em área específica. Desta forma, hoje, temos um time fixo com 15 pessoas que ocupam os cargos de uma agência tradicional, mas, se precisarmos fazer trabalhos específicos, contratamos outros profissionais. Esse contato ajudou a expandir a minha visão de negócio. Acredito que sempre temos que aprender e nos aperfeiçoar. Dentre os inúmeros cursos que fiz, há cinco anos, um MBA, uma pós-graduação em negócio executivo, foi transformador para a minha visão empresarial e mudou muitas coisas dentro da empresa.

Como é o trabalho da agência?
Temos desenvolvido um trabalho de agir antes da parte de comunicação, com pesquisas específicas para cada job. Por exemplo, em nosso trabalho na área imobiliária, podemos ajudar a decidir se o empreendimento vai ter uma área de lazer comum ou não. Para fazer isso com qualidade, contratamos arquitetos para trabalhar com a gente, um consultor externo. Isso melhora muito a nossa expertise e entregamos muito mais do que comunicação. Entendemos que, hoje, o perfil de uma agência que faz só publicidade está fadada a terminar as atividades. O trabalho da agência hoje é também uma consultoria de negócios com ênfase na comunicação.

Qual é o diferencial da Radiola?
Estamos cada vez mais integrados, tanto on-line quanto off-line. Hoje em dia, todo mundo está conectado, e não podemos desligar. Acredito que o diferencial seja essa integração, pois combinamos muitas expertises diferentes e integramos isso para que possamos ter um desempenho mais interessante. A inteligência de negócios, com o conhecimento de publicidade, com a base de tecnologia, com performance e com conteúdo. Essa combinação de fatores deixou a nossa agência muito rica. Também acho que a pluralidade da nossa equipe, com variadas áreas de formação, nos transformou em um time equilibrado, além de prezar pela inclusão e pelo equilíbrio de gênero.

Qual o trabalho que você mais gostou de fazer e gostaria de destacar?
A Radiola tem um espaço muito bom no mercado imobiliário. Pessoalmente, gosto muito de prestar as consultorias para o Sebrae, pois acho que favorece o país trabalhar com os pequenos empresários. Começamos nosso trabalho como pequenos, mas, hoje, temos uma empresa de atuação nacional. Uma ação que gosto de lembrar é a que a gente fez com o Sebrae nacional em 2013, a Sebrae Like a Boss. Ela mudou a percepção da marca junto ao público e também os rumos de crescimento da nossa agência. Foi depois disso que fiquei impressionado com o Sebrae e me transformei em um consultor.

Qual o impacto da pandemia na Radiola?
Obviamente, sofremos um impacto muito grande, mas, felizmente, conseguimos manter todos os nossos colaboradores. Passamos por um período de adaptações, e todos estamos trabalhando de casa. Uma das grandes características da Radiola é o nosso potencial de transformação constante, ser uma camaleoa e conseguir se adaptar. Acredito que isso nos ajuda a nos adaptarmos às adversidades.

O que lhe atrai na publicidade e na comunicação?
O que me encanta na publicidade e na comunicação é a busca por novidades que, muitas vezes, o cotidiano nos impõe. A campanha passada não serve mais, e temos que criar novidades. Para isso, temos que estar sempre aprendendo e nos aperfeiçoando. Acredito que esse também seja um dos nossos diferenciais e o motivo por estarmos há 20 anos no mercado.